A Polícia Federal abriu investigação sobre uma possível fraude na nomeação de um servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo. O caso envolve a posse de um falso servidor que assumiu o cargo no lugar do candidato aprovado em concurso público, ambos com o mesmo nome.
De acordo com informações, o verdadeiro aprovado não foi notificado de sua nomeação, que foi comunicada apenas por e-mail. Posteriormente, descobriu que outra pessoa havia assumido a vaga. O falso servidor trabalhou no tribunal por mais de um ano, recebendo um salário de R$ 11 mil mensais.
A situação veio à tona após denúncias internas. A servidora responsável pelo cadastro do falso servidor pediu exoneração logo após o caso ser revelado. A investigação apura se ela teve participação direta na fraude ou se foi vítima de coação.
O verdadeiro concursado, por sua vez, busca na Justiça o reconhecimento de seu direito à posse no cargo. O TRT-2 declarou que colabora com as investigações e que adota medidas para reforçar a segurança nos processos de nomeação.
O episódio levanta questionamentos sobre a vulnerabilidade dos sistemas de convocação e controle no serviço público, destacando a necessidade de maior rigor para evitar fraudes semelhantes. Caso confirmada, a fraude poderá levar os envolvidos a responder por falsidade ideológica, estelionato e outros crimes correlatos.
