Proposta brasileira para taxar super-ricos foi ‘aclamada’ no G20, diz Haddad: ‘Conquista ética’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (25) que a proposta do Brasil para debater a taxação internacional dos super-ricos foi “aclamada” por todos os integrantes do G20, composto pelas 19 maiores economias do mundo e as uniões Africana e Europeia. A parte financeira do grupo está reunida no Rio de Janeiro para a terceira reunião de ministros da fazenda e presidentes dos bancos centrais dos membros. No encontro da tarde desta quinta (25), a construção da declaração conjunta, que vai destacar a taxação dos super-ricos, foi concluída. O documento deve ser divulgado nesta sexta-feira (26).


Haddad classificou a concordância do G20 em torno do assunto uma “conquista moral e ética” e ressaltou que a discussão foi pautada pelo Brasil. O tema é uma das prioridades da presidência brasileira do grupo, que vai até o fim deste ano, e é defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


“Não é uma coisa simples, mas só o fato de termos tido uma conquista do ponto de vista ético não penso que é algo que deveria ser desmerecido. A ética é muito importante na política, buscar justiça é muito importante na política, então o fato de os 20 países mais ricos do mundo terem concordado em se debruçar sobre um tema proposto pelo Brasil é algo de natureza ética que precisa ser valorizado”, elogiou Haddad, ao admitir que, apesar do avanço, a implementação de uma iniciativa internacional do tipo pode ser lenta.


“Se levar um, dois, cinco anos não é esse o problema. O problema é colocar a tarefa correta diante dos desafios colocados. Então, não é pouca coisa essa conquista, mesmo que isso vá exigir esforços intelectuais importantes para torná-la realidade”, acrescentou, em declaração a jornalistas depois da reunião.


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Redação GNMT