Em Rondonópolis, Lula fala sobre chacina em Sinop e violência contra a mulher; ‘país do ódio’

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve em Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá) na manhã desta sexta-feira (3), para participar da cerimônia de entrega do Residencial Celina Bezerra, do programa Minha Casa, Minha Vida.

Durante seu discurso, o chefe do Palácio do Planalto criticou, não nominalmente, a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando disse que “esse país parou de andar para frente” e “passou a andar para trás”. Ele também alertou para os crescentes casos de violência contra as mulheres e lamentou a chacina ocorrida em Sinop, no último dia 21 de fevereiro.

“Eu não sei que desgraça que foi feito, eu não sei que mão desgraçada colocou a mão nesse país, que esse país parou de andar pra frente e esse país passou a andar para trás”, iniciou Lula. “Esse país deixou de ser o país da alegria, da verdade, do crescimento e da distribuição de renda, para ser o país da mentira, do ódio e da provocação”.

 

Segundo o petista, a mentira e ódio passaram a ser predominantes no Brasil justamente quando o país era acostumado a ser uma sociedade fraterna.

 

“A gente vê na televisão todos os dias pessoas agredindo pessoas em supermercados, no aeroporto, no shopping, ou seja, o país foi tomado pela violência, porque a mentira predominou e o ódio predominaram quando o Brasil estava habituado a ser uma sociedade fraterna”, continuou.

 

Como exemplo, Lula citou a chacina ocorrida em Sinop em 21 de fevereiro. Na ocasião, dois homens armados assassinaram 7 pessoas a queima roupa - entre elas uma criança de 12 anos de idade -, após perderem um jogo de sinuca.

 

“Vocês viram o que aconteceu aqui em Sinop, quando um cidadão, jogando snooker (sinuca)... devia ser um vagabundo, porque jogar snooker 3h da tarde não é pra trabalhador, ou seja, esse cidadão perdeu uma partida e resolveu matar 7 pessoas sem nenhuma explicação. Sem nenhuma explicação!”, finalizou.

 

Em outro trecho, o presidente chamou atenção e alertou para o alto número de casos de violência contra a população feminina. O mandatário disse que seu governo não vai compactuar com agressores de mulheres.

 

“Que canalha é esse que tem coragem de levantar a mão para bater na sua mulher? Que canalha é esse que tem coragem de expulsar a mulher de dentro de casa?”, questionou o chefe do Executivo

 

“Nós vamos ser muito duros com isso. Nós vamos ser muito duros. Se o cidadão não respeitar as mulheres, a lei vai para cima dele com tudo, para ele saber que o lugar de marido que bate em mulher, o lugar de homem que bate em mulher não é dentro de casa, não, é na cadeia para ele aprender a respeitar”.



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Redação GNMT