Convidado Bem Trapalhão

Presidente do PV rouba a cena; atravessa coletiva e expõe racha na Federação

O filme do diretor inglês Blake Edwards, estrelado pelo renomado ator Peter Sellers e chamado “Um Convidado Bem Trapalhão”, pode resumir de forma clara o que foi a coletiva de hoje (11) das chamadas forças progressistas.

O motivo foi a presença do presidente municipal do Partido Verde (PV), o advogado Carlos Naves, que expôs uma crise dentro do grupo. Assim como no filme, onde o personagem de Peter Sellers cria situações constrangedoras para o dono e os convidados da festa, Naves fez o mesmo: conseguiu constranger a mesa da qual fazia parte e os convidados, no caso, os pré-candidatos a vereador do grupo.

Antes mesmo do evento começar, que seria para anunciar o apoio do assessor especial do Ministério da Agricultura, Teti (PT), ao projeto de Paulo José Correia (PSB) , que é pré-candidato do grupo, Naves já ameaçava roubar a cena.

E foi o que ele fez: após Teti, com todas as honras, explicar aos microfones os motivos pelos quais desistiu de ser pré-candidato ou até mesmo vice e anunciar seu apoio a Paulo José, Naves causou. A fala do presidente municipal da Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PC do B e PV, foi a senha para ele causar. Sérgio Negri, presidente e membro histórico do PC do B, anunciou que a Federação estava com Paulo José e decidida a aderir ao projeto. Eis que, de repente, Naves levanta a voz e solta: “Opa, você não tem legalidade para fazer isso; o PV, desde sexta-feira, tem uma pré-candidata: a advogada Adila Safi”.

O discurso de Naves gerou olhares controversos e um grito pedindo para ele calar a boca, obrigando Negri a se explicar. O comunista fez questão de dizer que a escolha naquele momento era política e ainda seria oficializada nas convenções, adiantando que Naves e, no caso, o PV eram votos vencidos, pois a ideia tinha também o apoio do PT, outro partido que compõe o grupo, somando 2 a 1. 

Constragiomento foi indisfarçável 

Mesmo assim, Naves não se deu por vencido e retrucou dizendo que não concorda com o projeto de Paulo José e, no fim, sobrou até para Teti, que, segundo ele, foi um balão de ensaio para evitar que nomes fossem lançados dentro da Federação.

Mas no final ficou claro que como voto vencido o barulho de Naves não vai reverter a decsão, já que ele é claramente voto vencido. 

Na saída da reunião, após todo o constrangimento, o pré-candidato a vereador do Partido Verde, Idevalmar Nascimento, o Nenzão, disse que não estava de acordo com a posição do presidente do seu partido, mas entendia o direito dele em se manifestar. 

O presidente municipal do PT, Wendell Girotto, disse ao Primeira Hora que estranhou a participação de Naves na coletiva e que o mesmo não teria sido convidado. Assim como no filme mencionado no início deste texto, o personagem de Peter Sellers também não havia sido convidado e apareceu na festa por engano.

Briga do Birro
Naves, na mesma reunião, disse que Paulo José não decolou e que ele seria tão desconhecido da população quanto a sua candidata. “Ela está com o nome colocado há uma semana e ele há dois anos”, provocou. 

Vale ressaltar que, antes de serem desafetos, Naves e Paulo José eram amigos e passaram a infância e juventude juntos na comunidade do Birro. Há quem diga que essa “briga” é algo dos tempos do Birro. 

Mas há quem diga que a revolta de Naves estaria relacionada ao prefeito Zé do Pátio. Durma-se com um barulho desses.


Fonte: Lucas Perrone 


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Redação GNMT