Eraí Maggi, o megaprodutor rural e principal financiador de campanhas políticas em Mato Grosso, prepara mais uma investida dos seus milhões para eleger o atual deputado federal, ex-ministro do Governo de Dilma Rousseff (PT), Neri Geller (PP), ao Senado Federal, em 2022.
Dois são os problemas, contudo, da insistência com o referido projeto: o primeiro é que a bela Lucas do Rio Verde-MT, de 67 mil habitantes, já possui um representante no alto parlamento, que é Carlos Fávaro (PSD), vencedor de batalhas jurídicas e sentenças nunca vistas, bem como das eleições fora de época de 2020.
Vai ser difícil convencer os maiores colégios eleitorais do estado, feitos os de Cuiabá e Rondonópolis, por exemplo, que o melhor a se fazer é dar mais uma vaga para a cidade do médio-norte, já que Neri também é de lá. Ao todo, são só três senadores por estado e no ano que vem apenas uma cadeira estará em disputa.
Outra situação muito sensível é que até as araras que sobrevoam e embelezam os céus de praticamente todas as 141 cidades do estado, sabem que Fávaro deve muito mais do que gratidão a Eraí. Alguns mais diretos chegam a afirmar que a cadeira, na verdade, é do megaprodutor, Fávaro apenas senta nela.
Com uma eventual vitória Neri, seria o segundo senador do Eraí. Não do agronegócio; não da classe produtiva e muito menos de Mato Grosso. Mais um senador do Eraí…
