Médico alerta que tremor não é o único sintoma do Parkinson

Da Redação NS

Os famigerados tremores, sobretudo das mãos, não são sintomas isoladas do Mal de Parkinson. O médico Diógenes Garrio Carvalho, que atua na “saúde do idoso” do Grupo Gera Medicina, de Rondonópolis, explicou ao NS que outros sintomas são tão importantes quanto para “ligar o alerta” para a doença.

“O tremor  não é essencial, outros sintomas podem aparecer. A lentidão de movimento, por exemplo, é bem característica. Uma situação prática é a pessoa começar a tropeçar demais, ter dificuldade para caminhar. Ocorre uma nítida rigidez muscular”, pontua Diógenes.

Causa Obscura

O Parkinson é classificado como uma doença idiopática, isto significa que é uma patologia primária de causa obscura. Segundo Garrio, consiste basicamente em uma degeneração e morte celular de uma importante região neurotransmissora do sistema nervoso central.

“Essa doença ataca uma parte do cérebro onde a dopamina é produzida. É uma região que conhecemos por substância negra. Isso desencadeia estas falhas de mensagens no sistema nervoso e resulta no déficit de funções do nosso organismo”, detalhou o especialista.

Importância de dormir bem

Embora ainda não seja possível decretar um estilo de vida que efetivamente previna a doença, o médico garante que uma boa alimentação e sobretudo uma disciplina com o sono regular podem ajudar. Quanto ao tratamento, Diógenes explica que ele é feito basicamente por medicações que executam o papel da dopamina.

“São remédios que assumem a função perdida. Ainda não existe um tratamento mais eficaz, estão em fase de estudo com alguns experimentais, inclusive uma cirurgia de implante de estimulador no cérebro. Mas ainda teremos um bom tempo pela frente para que isso seja anexado ao tratamento padrão”, prevê.

Não é “doença de velho”

Diógenes ainda reitera que a associação do parkinson com a velhice é muito por causa da sua demora de manifestação, mas que isso não é uma regra. “É uma doença que demora de 10 até 15 anos para começarem a surgirem os sintomas. Então o indivíduo de meia idade vai acabar notando só mesmo já após os 60”, ilustrou.

O diagnóstico da doença, segundo o médico, é inteiramente clínico e pela observação de resposta aos medicamentos. “Ainda não existem procedimentos laboratoriais totalmente confiáveis para o parkinson”, finalizou, lembrando que a Organização Mundial de Saúde aponta 1% da população mundial acima de 65 com a doença. No Brasil, a estimativa é que mais de 200 mil pessoas sofram do mal, contudo a expectativa até o ano de 2.030 é essa realidade triplicar.

Fonte: Site (  noticiasdesaude.com.br )

 

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