Membro da bancada federal de Mato Grosso, o senador Carlos Fávaro (PSD) classificou como "grave" as denúncias apresentadas contra o presidente Jair Bolsonaro sobre o suposto crime de prevaricação na compra da vacina indiana Covaxin. O parlamentar argumentou que os fatos devem ser apurados, mas criticou o uso político da CPI.
"Os fatos são graves, mas não podemos fazer nenhum pré-julgamento. Tem que ver se os fatos são reais, sem fazer um pré-julgamento", disse à imprensa ao deixar o Palácio Paiaguás.
A CPI que tramita no Congresso Nacional apura se houve negligência do governo federal nas ações de combate ao novo coronavírus. Na semana passada, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) relatou que ele e o irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, alertaram Bolsonaro sobre suspeitas de corrupção no contrato para compras da vacina.
Horas depois, o governo anunciou pedidos de investigação do servidor e do deputado, afirmando que houve "denunciação caluniosa" e atualmente vem desqualificando a denúncia. Por sua vez, Fávaro pondera que é necessário cautela para avaliar o caso e critica a politização da CPI da Covid.
"Eu não fui nenhuma vez na Comissão, eu acho que ela vai cumprir seu papel, politizou demais e eu quero focar no outro lado para que o Brasil continue andando", expressou