A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou na sessão desta quarta-feira (13.11) o projeto de decreto legislativo que susta os efeitos da licença de instalação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) que autoriza a alteração do traçado da ferrovia estadual em Rondonópolis. Com a suspensão, a empresa Rumo Logística não poderá construir os trilhos através do perímetro urbano da cidade.
O projeto é de autoria dos deputados estaduais Ondanir Bortolini – Nininho (PSD), Thiago Silva, Claudio Ferreira e Sebastião Rezende. O novo traçado atingiria os bairros Maria Amélia, Vila Operária, Parque Universitário, Jardim Ana Carla, Vila Olinda, Pedra 90 e Rosa bororo, além da região Salmen, prejudicando cerca de 40 mil moradores.
“A população dessas comunidades não foi consultada pela Sema e pela Rumo. Também não foi apresentado pela secretaria um novo estudo de impacto ambiental”, comenta Nininho. “Essa mudança do traçado resultaria em prejuízos sociais e econômicos sérios em Rondonópolis. A cidade ficaria dividida em duas. Não poderíamos deixar isso acontecer”, acrescenta.
REUNIÃO COM MORADORES
Em reunião na ALMT, a secretária Mauren Lazzaretti, da Sema, assumiu com os deputados o compromisso de realizar uma reunião com os moradores daquela região de Rondonópolis e contratar um novo estudo de impacto ambiental. “Temos que encontrar uma alternativa para que a ferrovia não passe por dentro da cidade de Rondonópolis”, diz Nininho.
O traçado da ferrovia da Rumo terá 740 quilômetros de extensão e ligará os municípios de Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Cuiabá. O investimento previsto é de R$ 11,2 bilhões. O modal ferroviário pretende facilitar o escoamento da produção agrícola e industrial do Estado.