As eleições municipais de 2024, cujo segundo turno ocorreu em 27 de outubro, revelaram uma transformação significativa no cenário político brasileiro, marcado pelo fortalecimento da centro-direita e pelo enfraquecimento das alas extremas.
O Partido Social Democrático
(PSD) consolidou sua posição de destaque, seguido de perto pelo Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), refletindo uma clara preferência do eleitorado
por posturas mais moderadas.
A direita tradicional reafirmou
seu poder, garantindo a maioria das prefeituras nas capitais.
Dentre os 15 municípios que
realizaram segundo turno, 11 elegeram candidatos de partidos alinhados ao
espectro da direita.
Por outro lado, a direita
associada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrou-se menos representativa:
dos nove candidatos do PL que participaram do segundo turno, apenas dois saíram
vitoriosos, em Cuiabá e Aracaju.
Partidos como MDB, Podemos e PP,
que representam a direita tradicional, conquistaram um total de nove
prefeituras em capitais importantes, incluindo São Paulo, Porto Alegre,
Curitiba, Porto Velho, Goiânia, João Pessoa, Campo Grande, Belém e Natal.
Se considerarmos os resultados do
primeiro turno, realizado em 6 de outubro, esses partidos asseguram 12
prefeituras.
Assim, a direita detém 17 das 27
prefeituras nas capitais do país.
Esses resultados indicam uma
tendência em direção ao pragmatismo político, com os eleitores optando por
representantes que defendem plataformas centradas e moderadas.
Essa escolha evidencia um clamor por estabilidade e governabilidade em tempos de incerteza.
Ilson Galdino -Advogados e Servidor Público.