O rompimento claro do vice-prefeito Aylon Arruda dá força a algo que é quase uma tradição em Rondonópolis, desde 1997, os vices ora rompem, ora viram adversários dos titulares.
Aylon, por exemplo, tem declarado insatisfação com o prefeito Zé do Pátio, por diversas situações. Uma delas é a falta diálogo com relação ao próximo processo eleitoral e até mesmo a falta de autonomia e o fato do prefeito, sempre que viaja, não delega poder ao vice, além do posicionamento ideológico de Pátio.
A informação de uma fonte é que o vice deve viajar nos próximos dias, e depois se reunir com a família e seus sócios para definir o que vai fazer no futuro.
Em 1997, o então vice Percival Muniz, rompeu com Alberto Carvalho. Muniz inclusive assumiu e prefeitura, após renúncia de Alberto e foi reeleito em 2000.
No ano de 2000, após eleito, o vice de Percival, Marcos Antônio Ribeiro dos Reis, reclamava do tratamento do prefeito e terminou o mandato insatisfeito com o então prefeito. Marcos faleceu após um infarto fulminante em 2010.
Em 2004, Adilton Sachetti foi eleito prefeito com Manoel Machado, o Maneco da Vila Operária como vice. Maneco terminou o mandato chateado com Sachetti, pois esperava ser vice, na reeleição de 2008.
No mandado, de 2008, Pátio foi eleito com Marília Salles como vice. Marília, esposa do ex-prefeito e ex-governador Rogério Salles, também terminou o mandado insatisfeita.
Em 2012, Percival se elegeu prefeito com Rogério Salles como vice. Os dois tiveram durante o mandato, uma relação harmônica, mas no final viraram adversários.
Rogério foi candidato a prefeito, disputando contra Percival. Ambos, no entanto, foram derrotados por Zé Carlos do Pátio.
No ano de 2017, Pátio assumiu a prefeitura com Ubaldo Tolentino de Barros, como vice. Ubaldo terminou o mandato, reclamando da falta de espaço para atuar e como adversário do prefeito, pois enfrentou Pátio nas urnas em 2020.
Ubaldo, após o resultado das urnas, teria dito a Aylon, para ele se preparar, pois não teria autonomia para nada. Ela disse mais, que quem daria as cartas na ausência do prefeito, era secretária de Governo, na época Mara Gleibe da Fonseca