Servidores de Rondonópolis entram em estado de greve

Cerca de 500 servidores públicos municipais de Rondonópolis participaram na tarde desta quinta-feira (05) da assembleia geral da categoria, convocada pelo Sispmur- Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis. O encontro aconteceu no clube social da entidade.

Na pauta da assembleia foram deliberados a verba federal dos ACE e ACs, pagamento do Fundeb e precatórios, cumprimento do piso do magistério, pagamento de abono, implantação da insalubridade para profissionais de saúde, pagamento do RGA de 2020, revisão dos atos relativos do Desopem, revisão do PCCVS, concurso público, aplicação do piso salarial dos servidores da educação e o pagamento da URV.

A diretoria do sindicato explanou todos os itens da pauta e afirmou aos presentes que o diálogo com a prefeitura é restrito à reunião com secretários. Há mais de dois anos o Sispmur não é recebido pelo prefeito José Carlos do Pátio. “Quem assina, quem autoriza, quem dá a palavra final é o prefeito. Mas ele não tem feito questão nenhuma de olhar para os servidores de Rondonópolis. Tentamos avançar pelo caminho da conversa e do bom senso. As coisas não evoluíram. Então vamos mudar o tom da cobrança”, afirma Geane Lina Teles.

Depois de quase duas horas, os trabalhadores foram convidados a votar pelos próximos encaminhamentos. A maioria decidiu pelo estado de greve. “A partir de agora podemos chamar paralisação, mobilização, entrar em greve. Ou seja, os servidores deram uma resposta firme contra a falta de compromisso do prefeito. Chega de descaso, os trabalhadores vão à luta em busca dos seus direitos”, garante.

Após a assembleia, a diretoria do Sispmur organizou um extenso cronograma de manifestações que começa na próxima semana. “Em qualquer evento que o prefeito José Carlos do Pátio estiver, nós também estaremos e vamos cobrar respeito, cobrar que ele atenda os servidores. Nós temos uma defasagem no poder de compra de 14, 58%, temos um dos piores salários entre as cidades do Brasil com mais 250 mil habitantes. O gestor precisa parar de fazer política e ouvir quem segura de fato a gestão do município. Em caso de negativa, vamos cruzar os braços e promover a maior greve da história de Rondonópolis”, completa.



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Redação GNMT