Um aluno de 11 anos teve o crânio rachado após um colega de sala o atingir na cabeça com um pedaço de caibro, enquanto estavam na escola, no bairro Santa Laura, em Cuiabá, nessa quarta-feira (4). De acordo com Regiane Proença, mãe da vítima, ele sofreu coágulo no sangue e precisará passar por uma cirurgia de reconstrução do crânio.
Regiane estava em casa quando recebeu a ligação da diretora da escola informando que o filho estava machucado.
"A diretora me ligou e disse: 'corre, que seu filho está aqui, recebeu uma paulada na cabeça e tem sangue demais'. Fui correndo, preocupada, quase bati meu carro duas vezes. Quando cheguei na escola, o atendimento do Samu estava acontecendo e eu estava em estado de choque", relatou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que, a equipe gestora da unidade educacional, após o acidente, acionou imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as famílias dos dois alunos. Um servidor, com formação na área da saúde, prestou os primeiros socorros ao estudante.
Regiane contou ao g1, que a diretora da escola alegou que a unidade está em reforma, então o outro aluno encontrou com facilidade o pedaço de caibro em meio aos entulhos da obra. Ainda, segundo Regiane, a mãe do outro menino afirmou para ela que o filho possui deficiência, sem especificar qual seria.
O g1 tentou contato com a mãe da criança que agrediu o colega de sala, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Sobre a afirmação, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o menino que agrediu o colega, não possui laudo que comprove ser uma criança com deficiência. Entretanto, em razão de dificuldades de socialização apresentadas por ele, a unidade trabalha junto às famílias, os conflitos verificados entre os estudantes, inclusive com a mobilização do Conselho Tutelar.
A Secretaria segue ouvindo os envolvidos, a fim de tomar conhecimento do que motivou a agressão.
A vítima está internada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde foi avaliada por um médico neurologista. Segundo a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), o médico constatou que ele está estável, sem intercorrências e foi colocado na grade da programação cirúrgica da neurocirurgia.
Sem data prevista, Regiane espera agoniada pela cirurgia e sofre pelo o que ocorreu com o filho.
"Pode ser que seja amanhã de manhã, semana que vem, eles não deram certeza de nada por enquanto. Um menino que era tão perfeito, não precisava de nada disso, agora vai ter que passar o resto da vida com uma placa de ferro na cabeça. É triste!", lamentou.