Agente relata 'livramento' ao escapar por minutos de queda de 'paredão' em Capitólio: 'alívio'

Um grupo de turistas da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, escapou do deslizamento de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), neste sábado (8), por cerca de 15 minutos. Eles haviam encerrado o passeio pouco antes do acidente que vitimou ao menos sete pessoas e deixou outras três desaparecidas. Ao g1, o agente de viagens de Guarujá, Thiago Souto, que conduzia o grupo, acredita que foi um "livramento".


O desabamento de pedras no cânion ocorreu por volta das 12h30, e atingiu quatro embarcações que estavam na área. As pedras deslizaram de uma altura de mais de 5 metros, no Condomínio Escarpas do Lago, perto do município de São Roque de Minas. Thiago estava com o grupo de 34 pessoas desde cedo no lugar do acidente, e saiu minutos antes para almoçar, momento em que todos souberam o que havia ocorrido.


Ele e os clientes começaram a receber vídeos e mensagens de familiares preocupados, perguntando se eles estavam bem. "A gente, sem entender o que estava acontecendo, começou a atender familiares, amigos, clientes", explica. Ele chegou a gravar um vídeo para mandar a todos, para dizer que com eles não havia ocorrido nada.


Santista diz que clima é de tristeza em Capitólio após queda de paredão

Após entender o que aconteceu na cidade e informar aos mais próximos que estava bem, Thiago sentiu um alívio muito grande por terem ido embora momentos antes. No entanto, a tristeza e a preocupação foram inevitáveis, segundo ele, pois havia muitos colegas do mesmo ramo no local. "Ficamos naquela apreensão, como todos", afirma.


Ainda conforme Thiago, essa viagem para Capitólio iria ocorrer há dois anos, mas devido à pandemia, teve de ser remarcada para este sábado, dia em que o acidente aconteceu. "Minutos antes do ocorrido, a gente tinha passado por lá. Você ver que acabou não presenciando, não vivendo aquilo, de certa forma é um alívio. Foi um livramento", finaliza.

Entenda

Um deslizamento de pedras no Lago de Furnas, em Capitólio, no Centro-Oeste de Minas, atingiu quatro embarcações, com 34 pessoas, neste sábado, e causou ao menos sete mortes. A estimativa dos bombeiros é que cerca de três pessoas estejam desaparecidas.


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Redação GNMT