Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (3) em todo o país, a Operação Lobos 2, que tem como objetivo desarticular um grupo criminoso que usa da darkweb para difundir material de abuso sexual infantil no Brasil e em diversos países do mundo. Em Mato Grosso, dois mandados estão sendo cumpridos, sendo que uma prisão já foi confirmada em Cuiabá pelo flagrante de armazenamento de conteúdo explícito envolvendo menores.
As informações são preliminares, PF cumpria um mandado de busca e apreensão em Cuiabá e acabou prendendo o alvo em flagrante ao encontrar em sua casa, materiais pronográficos envolvendo crianças e adolescentes armazenados em seus computadores. Trata-se de um rapaz de 20 anos.
O segundo alvo é na cidade de Colniza (1.160 ao Nordeste de Cuiabá). Em panorama nacional, sabe-se até o momento que são 104 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão preventiva.
Além de identificar e prender os abusadores e os consumidores desse tipo de conteúdo, os agentes esperam ainda resgatar crianças que se encontram em situação de extrema violência. Os investigados vão responder por venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil e estupro de vulnerável.
Operação Lobos
Iniciando no ano de 2016, a Polícia Federal estabeleceu parcerias com forças policiais de diversos países, com o objetivo de identificar indivíduos que se utilizavam da darkweb para difundir material de abuso sexual infantil.
Os criminosos atuavam mediante divisão de tarefas (arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens, dentre outros) com a finalidade de produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e, ainda, alimentar a demanda por esse tipo de material.
A união internacional de esforços permitiu a identificação de um indivíduo brasileiro que utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar 5 (cinco) dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores. Os sítios e fóruns da darkweb eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas.
Os sites eram utilizados por mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) usuários, em todo o mundo, para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes, dando a dimensão da necessidade do enfrentamento aos principais fomentadores deste tipo de conduta delituosa. (Com assessoria de imprensa)