Filha e genro confessam que atearam fogo em casa com idoso dentro

A filha e o genro de Toshio Ono, de 77 anos, que morreu carbonizado em um incêndio, estão presos desde o dia 22 deste mês suspeitos do crime, e, segundo a delegada Carla Evangelista, o casal se contradiz durante depoimentos. Toshio morreu na noite do dia 25 de junho dentro da casa onde morava com a família, em Mirassol D’Oeste (MT).


Segundo a delegada, por enquanto, a prisão deles é temporária, até que o crime seja esclarecido. Os suspeitos afirmaram que atearam fogo no local, mas não sabiam que o idoso estava dentro do imóvel.


“Disseram que ele poderia estar dormindo na casa de um parente, o que não era corriqueiro na vida dele. Depois de ouvir diversos parentes e testemunhas, descobrimos que esse genro estava sempre ameaçando o Toshio, dizendo que compraria uma arma. Judiavam dele, o deixando sem alimentos”, contou.


De acordo com a delegada, o genro a filha foram colocados para prestar depoimentos em salas separadas e, segundo ela, as versões contadas foram diferentes.


“Eles se contradizem o tempo todo, basta separá-los. Percebemos que algumas questões ainda precisam ser levantadas. Quando estão juntos, só ele fala e a filha permanece em silêncio, mas, quando se separam, as versões não coincidem”, disse.


A Polícia Civil informou que ainda aguarda o laudo da perícia técnica para confirmar a causa da morte, mas conforme apuração preliminar da polícia, Toshio morreu carbonizado.



O fogo consumiu toda a residência e, após o incêndio ser controlado, o corpo dele foi localizado em meio aos escombros.


Incêndio


 

Durante rondas no centro da Mirassol d’Oeste, na noite de 26 de junho, uma equipe da Polícia Militar avistou uma grande nuvem de fumaça e, ao checar a origem, se deparou com uma residência em chamas.


No local estavam pessoas que moravam em uma residência próxima ao local do incêndio e não conseguiram sair do quintal, sendo socorridos pelos policiais que removeram o portão e retiraram as pessoas que pediam por socorro.


Os policiais solicitaram apoio da prefeitura do município e de uma usina com caminhões-pipa para conter as chamas. As testemunhas, em estado de choque, informaram que estavam dormindo em uma casa nos fundos no mesmo quintal da casa do idoso, e que quando perceberam o fogo já estava alastrado.


Inicialmente, as testemunhas disseram que não sabiam que a vítima que morreu carbonizada estava dentro da casa, pois o mesmo costumava dormir na casa de parentes.


Os policiais foram na casa de familiares onde a vítima costumava pernoitar e não o encontraram. Somente após o fogo ser controlado com uso de três caminhões pipa, foi possível encontrar a vítima carbonizada, em meio aos escombros.


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