Rondonópolis

Pai é indiciado por atirar contra colegas de filho e matar um em centro de umbanda; polícia aponta homofobia como motivação

Victtor Bianchini, de 17 anos, (à esquerda) foi morto a tiros e Leonardo Rodrigues (à direita) foi atingido por 3 tiros e sobreviveu após cirurgia — Foto: Divulgação


Suspeito não aceitava que o filho, de 13 anos, tivesse amizade com homossexuais. Ele disparou contra três colegas do menino, sendo um deles morto ainda no local e outro ferido.


O pai suspeito de matar o colega do filho a tiros e deixar outro ferido em um centro de umbanda de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, no dia 14 de março, foi indiciado pelos crimes de homicídio consumado e dupla tentativa de homicídio, já que disparou contra três pessoas. O crime foi motivado por homofobia, segundo a polícia.


O inquérito foi concluído pela Polícia Civil na segunda-feira (3). Cleber Rasia Machado está com o mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça, mas está foragido.


Segundo as investigações da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da 2ª Delegacia de Polícia de Vila Operária, no início da investigação, foi apontado intolerância religiosa, no entanto, após colher informações com testemunhas, foi concluído que o crime foi motivado por homofobia.

Cleber Rasia é suspeito do crime e está foragido — Foto: Divulgação

No dia do crime, Victtor Cauã Bianchini Silva, de 17 anos, foi encontrado baleado, já sem vida, dentro do centro espírita que frequentava. Além dele, outras duas pessoas que estavam na casa foram alvos dos disparos, mas apenas Leonardo Rodrigues da Silva, de 21 anos, foi atingido.


Leonardo era o responsável pela realização dos cultos religiosos e foi atingido por três disparos, sendo socorrido e encaminhado para o hospital. Ele passou por cirurgia e conseguiu se recuperar bem.


A casa espírita era frequentada pelo filho do suspeito, de 13 anos. No entanto, no dia do crime, o menino não estava no local. O suspeito, que é caminhoneiro, fugiu logo depois e não foi mais encontrado.


A delegada Karla Peixoto Ferraz disse que ficou comprovado por meio da oitiva de testemunhas e laudos da perícia, que as vítimas foram surpreendidas pelo suspeito e não tiveram chance de defesa.


Segundo a delegada, o pai não aceitava que o filho tivesse amizade com homossexuais.


Com a conclusão do inquérito e indiciamento do pai, as buscas continuam em andamento para localizar o suspeito.








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Redação GNMT