Teti ouve as demandas de agricultores do assentamento Dom Osório em Rondonópolis

O assentamento Dom Osório, em Rondonópolis, recebeu nesta quarta-feira (16), a visita do assessor especial do ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Augustin, o Teti, onde participou de uma reunião com os assentados e ouviu as principais demandas e dificuldades dentro da produção de alimentos da agricultura familiar, que abastece o mercado rondonopolitano. 

Com 26 anos de existência, o Dom Osório tinha na produção leiteira seu carro chefe, e atualmente segundo os agricultores sofrem com a carência de assistência técnica voltada para o rebanho leiteiro e também para o manejo do solo, e muitos estão migrando para o gado de corte e outros cultivos.  

Após ouvir as demandas, Teti observou que é necessária uma maior aproximação do Governo Federal com a realidade vivida em assentamentos como o Dom Osório. “O Governo Federal tem muitas políticas públicas para atender a agricultura familiar, mas não está chegando aqui na ponta. Nós vamos levar essa situação para o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, onde temos que criar um mecanismo de assistência técnica e interiorizar todos os programas que estão a disposição do pequeno agricultor, pois não está chegando aqui, e vou me ocupar disso na semana que vem em Brasília”, disse.  

Teti também falou sobre um programa nacional de distribuição de calcário para a agricultura familiar, que está em fase inicial de criação, onde ele está responsável pela elaboração do projeto em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. 

 

O presidente do assentamento Dom Osório, Alberto Correia da Silva, se diz preocupado com a atividade leiteira das famílias do assentamento e as dificuldades em se manter nela. “Nós precisamos de assistência técnica, pois temos muitos produtores de leite e a produção está caindo muito, pois sem a ajuda de um profissional para a devida e necessária correção do solo fica difícil e não temos este respaldo tanto para a lavoura como para o pasto para o gado. Outro problema é com a nossa água, porque temos o poço artesiano para a comunidade, mas falta um reservatório para essa água e termos uma segurança de abastecimento para todas as famílias”, explicou.    

 

Na reunião ficou definido que as demandas das 40 famílias do assentamento seriam colocadas em uma lista de prioridades e um projeto seria elaborado com o objetivo de captar emendas federais. Paralelamente a isso, o militante da reforma agrária na região, Wendell Girotto, que também faz parte da agricultura familiar, orientou aos presentes a se organizarem dentro de suas atividades produtivas e aderirem ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal, que tem duas finalidades básicas, a de promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. “Nós ouvimos hoje os trabalhadores e trabalhadoras rurais em suas demandas, onde recebemos muitas informações relevantes, para fazermos um diagnóstico para discutir com o Governo Federal e os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Agricultura, por isso, a presença aqui hoje  do assessor do MAPA, o Teti, onde ele estará levando a realidade do assentamento Dom Osório para Brasília, para se dar os encaminhamentos devidos”, finalizou.

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Redação GNMT