Os motoristas da empresa Cidade de Pedra permanecem em movimento de paralisação, iniciado na última segunda-feira. Nesta terça-feira, representantes do sindicato da categoria, motoristas, representantes da autarquia e vereadores se reuniram em busca de um acordo para encerrar o movimento, mas a tentativa foi infrutífera, mantendo assim a continuidade da paralisação.
A principal queixa dos motoristas está relacionada à extinção do contrato com a Cidade de Pedra, programada para amanhã. Com o término desse contrato, os motoristas seriam absorvidos por uma cooperativa, que opera sob um regime de contratação diferente. Eles argumentam que essa transição os faria deixar de ser regidos pela CLT, acarretando na perda de direitos trabalhistas, incluindo a cesta básica e o vale-gás que atualmente recebem.
Durante a reunião, o procurador jurídico da autarquia, Messias Alves, afirmou que o contrato com a cooperativa está dentro da legalidade e passou por um processo licitatório, não podendo ser alterado. Além disso, destacou que o rendimento bruto dos trabalhadores na cooperativa seria maior do que com a Cidade de Pedra. Entretanto, os trabalhadores contestaram, alegando uma discrepância nos valores.
Uma das propostas apresentadas foi a adesão a um contrato emergencial para atender à demanda dos trabalhadores por um período de 90 dias, enquanto a situação é resolvida. Contudo, essa proposta dependeria de uma nova reunião entre o prefeito, vereadores, autarquia e sindicato.
Por outro lado, a prefeitura assegura que, independentemente da paralisação, os ônibus estarão circulando na quinta-feira, quando se inicia o contrato com a cooperativa. Nos bastidores, circula a informação de que não há motoristas contratados pela cooperativa em número suficiente para garantir o pleno funcionamento do sistema. A situação permanece tensa, e a cidade aguarda uma resolução para evitar impactos significativos no transporte público.