Exclusivo: Ancelotti fala sobre atitude, Neymar, Copa do Mundo e liderança na Seleção Brasileira

Em entrevista exclusiva à Esporte Record, o técnico Carlo Ancelotti abriu o jogo sobre o momento da Seleção Brasileira e os preparativos para a Copa do Mundo de 2026. Com a serenidade que lhe é característica, o treinador destacou que o diferencial do Brasil para brigar pelo título está menos no brilho individual e mais na postura coletiva apresentada nas últimas partidas.

“A atitude deste time me dá muita confiança para a Copa”

Ancelotti ressaltou que, mesmo em jogos tecnicamente abaixo do esperado, o comprometimento do grupo tem sido determinante.

Segundo ele, a Seleção atual está muito mais organizada e unida do que em ciclos anteriores:

“A atitude foi muito boa. O ambiente, a organização… Isso me dá confiança. Hoje temos muito mais um time do que um desfile de estrelas.”

O técnico reforçou que o desempenho defensivo é a base para qualquer ambição maior:

“Se essa equipe defende bem, podemos ganhar a Copa. Trabalho defensivo é concentração, sacrifício, união.”

1994, calor extremo e lições para 2026

Ancelotti também relembrou a Copa de 1994, quando a Itália enfrentou desgastes climáticos bem maiores que o Brasil devido aos jogos no lado leste dos Estados Unidos.

“Jogamos em Nova Iorque, Boston, Filadélfia… Muito calor e umidade. Chegamos exaustos.”

Ele acredita que, em 2026, a FIFA deverá ajustar melhor os horários para evitar repetições do cenário.

Neymar só vai se estiver 100%

Questionado sobre Neymar, o treinador foi absolutamente direto: a convocação dependerá da condição física.

“Se Neymar estiver a 60% em maio, não pode ir. Preciso de jogadores 100%.”

Mesmo com a exigência, Ancelotti não poupou elogios:

“Neymar está no mesmo nível dos grandes. Já mostrou talento extraordinário.”

Goleiros: “O Brasil está em ótimas mãos”

Com bom humor, Ancelotti brincou ao falar da posição:

“Não estamos em bom pé, mas em boa mão.”

Ele citou Alisson, Ederson, Hugo, Bento e John como goleiros de altíssimo nível.

Liderança silenciosa e vestiário sólido

O treinador também comentou sobre os líderes naturais do grupo:
— Casemiro
— Alisson
— Marquinhos
— Danilo
— Alex Sandro

Segundo ele, esses jogadores “lideram pelo exemplo”, fortalecendo o ambiente interno.

Favoritos ao título? Oito seleções no radar

Ancelotti evitou apontar um “super favorito”, mas citou oito seleções que chegam fortes:

Espanha, França, Argentina, Brasil, Inglaterra, Alemanha, Portugal e até o Equador, que ganhou um elogio especial do técnico.

E a Itália?

A respeito da Azzurra, o italiano falou como torcedor:

“Duas Copas do Mundo fora já são muito. Três seria demais.”

Meio-campo: Casemiro, Andrey Santos e transições rápidas

O treinador comparou Casemiro ao papel que desempenhava como jogador e elogiou a evolução de Andrey Santos, que considera um meio-campista “moderno”.

Sobre o estilo do Brasil, Ancelotti rebateu as críticas ao meio-campo:

“Quanto mais rápido a bola chega na frente, melhor.”

Ele destacou Estevão, Vinicius Júnior, Rodrygo e Raphinha como armas decisivas que precisam ser exploradas.


Conclusão

A entrevista confirma a essência de Ancelotti: simples, direto e extremamente pragmático. Para o treinador, a Seleção Brasileira está no caminho certo — desde que mantenha união, disciplina defensiva e líderes em alto nível físico.
A Copa do Mundo se decide nos detalhes, e o técnico garante que o Brasil está pronto para disputar cada um deles.

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Redação GNMT