Governo propõe novo salário mínimo de 2023; veja valor

De acordo com o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), o Governo propõe um salário mínimo com valor de R$1.294 para 2023. O documento foi encaminhado no dia 14 de abril ao Legislativo, ou seja, um dia antes do feriado desta sexta-feira (15).


O valor de R$1.294 representa um aumento de R$82 em relação ao piso nacional atual, de R$1.212. A alta é de 6,70%, a mesma previsão do Ministério da Economia para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deste ano, feita no mês de março.


Sendo assim, o novo valor do salário mínimo tem um aumento apenas para repor a perda da inflação do período, sem valorização real do salário mínimo, ou seja, acima da variação dos preços.


Qual o valor do salário mínimo em 2023?


Segundo o índice previsto, o salário mínimo do próximo ano será ampliado para R$ 1.294. No entanto, é preciso lembrar que esse valor é uma estimativa, podendo haver mudanças no INPC até o fim de 2022.


Neste sentido, para que esse aumento ocorra de fato a inflação deve ultrapassar a média de 6,7%. Além disso, o Governo Federal deve manter a sistemática adotada em 2019, de reajustar o piso nacional no limite da inflação.


Sem ganho real no salário mínimo


O Governo Federal indica, com a correção do salário mínimo de acordo com o percentual do INPC, que não vai dar aumento real para os brasileiros. Na verdade, o aumento do salário é apenas uma reposição pela inflação. O que significa dizer que os trabalhadores apenas não perderão o poder de compra.


É como se o aumento do salário servisse apenas para compensar a capacidade de compra que o brasileiro tem. Na prática, o cidadão não vai deixar de conseguir comprar o que já comprava, mas também não vai poder aumentar mais.


Salário mínimo ideal


Conforme os dados de uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo ideal para uma família de quatro pessoas em janeiro deveria ser de R$ 5.997,14.


A estimativa é baseada no rendimento mínimo necessário para que um trabalhador e sua família possa suprir suas necessidades e cobrir despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, entre outros. Além disso, o levantamento conta com os preços das cestas básicas.


Segundo a pesquisa feita em janeiro deste ano, a cesta básica que teve a maior alta foi registrada em Vitória/ES com 6%. Na sequência, em Florianópolis/SC com 5,71%, Rio de Janeiro/RJ com 4,79%, seguido de Curitiba/PR com 4,75%.


Porém, com relação as cestas mais caras, São Paulo registrou o maior valor, com R$ 713,86, seguida por Florianópolis com R$ 695,59, Rio de Janeiro com R$ 692,83, Vitória com R$ 677,54 e Porto Alegre com R$ 673,00.


Diante tais informações, ao comparar o custo da cesta com o salário mínimo, em janeiro de 2022, o trabalhador com piso nacional atual comprometeria cerca de 55,20% da sua remuneração na compra dos alimentos.


 

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Redação GNMT