Na manhã deste sábado (14.dez.2024), o general Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, foi preso pela Polícia Federal em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ele é investigado no âmbito da Operação Contragolpe, que apura o planejamento de uma tentativa de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A operação, deflagrada pela PF, busca desarticular uma suposta trama golpista envolvendo militares e políticos aliados ao ex-presidente Bolsonaro. Segundo fontes ligadas à investigação, Braga Netto é suspeito de participar ativamente do planejamento estratégico de ações antidemocráticas que visavam desestabilizar o governo Lula.
Operação Contragolpe
A Operação Contragolpe foi iniciada após meses de apuração envolvendo o monitoramento de reuniões, interceptações de comunicações e análise de documentos que apontam para uma articulação golpista. De acordo com as autoridades, o grupo pretendia utilizar forças militares e civis para questionar a legitimidade das eleições de 2022 e interferir na atual administração federal.
Braga Netto, que foi chefe da Casa Civil e ministro da Defesa durante o governo Bolsonaro, vinha sendo monitorado há semanas pelos investigadores. A PF cumpriu o mandado de prisão em sua residência por volta das 7h da manhã.
Repercussão e próximos passos
A prisão do general é considerada um marco na investigação de atos antidemocráticos no Brasil. Fontes do governo indicam que novas prisões podem ocorrer nos próximos dias.
Braga Netto será levado para Brasília, onde prestará depoimento à Polícia Federal. A defesa do ex-vice-candidato ainda não se manifestou oficialmente.
O caso intensifica o debate sobre a responsabilização de líderes políticos e militares envolvidos em tentativas de subverter a ordem democrática no Brasil. A Operação Contragolpe segue em andamento, e as autoridades prometem divulgar mais informações nas próximas horas.
