Bolsonaro muda o tom: "Trump não é a pessoa mais importante do mundo"

Presidente adota uma postura mais resignada diante da provável derrota do candidato republicano na eleição dos Estados Unidos

Apesar da torcida por Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou nesta sexta-feira (6/11) já estar conformado com a provável vitória de Joe Biden na corrida pela Casa Branca.

Durante cerimônia nesta manhã em Santa Catarina que marcou a formatura de 600 novos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o brasileiro destacou que “Trump não é a pessoa mais importante do mundo”.


Ao discursar para os formandos da corporação, Bolsonaro comentou que “o momento do Brasil ainda é difícil” e que acompanha a política internacional porque “temos nossas preferências, e o que acontece lá fora interessa para cada um de nós aqui dentro”. 


“Assim sendo, em certos momentos, somente uma coisa nos encoraja e nos fortalece: é Deus sempre acima de tudo. Eu não sou a pessoa mais importante do Brasil, assim como Trump não é a pessoa mais importante do mundo, como ele bem mesmo disse. A pessoa mais importante é Deus. A humildade tem que se fazer presente entre nós”, disse o chefe do Executivo.


Bolsonaro sempre declarou preferência por Trump e contava com a reeleição do atual presidente dos Estados Unidos. Desde que assumiu o seu mandato no ano passado, o brasileiro adotou uma postura mais alinhada ao republicano, motivado principalmente por posicionamentos ideológicos, e esperava que ele derrotasse Biden na eleição norte-americana para seguir aprimorando o relacionamento com Trump.


Além disso, Bolsonaro tem se colocado contra o candidato do partido Democrata porque Biden já fez duras críticas à forma como o governo brasileiro tem combatido os incêndios florestais. Desde o início da sua campanha pela Casa Branca, Biden tem prometido mobilizar outros países a cobrar do Brasil uma resposta mais eficaz ao desmatamento da Amazônia, do Pantanal e de outros biomas, caso seja eleito.


No momento, o democrata está à frente de Trump na apuração dos votos e está próximo de atingir os 270 delegados necessários para garantir a vitória nas urnas. Nesta manhã, Biden aumentou as chances de ser eleito ao virar a disputa nos estados da Pensilvânia e da Geórgia, que até a quinta-feira (5/11) eram dominados por Trump.

Por mais que Bolsonaro tenha dito que atual presidente norte-americano teve a “humildade” de reconhecer que não é a pessoa mais importante do mundo, o republicano não vai aceitar a derrota na eleição tão facilmente. Trump tem alegado, sem apresentar provas, fraude na apuração em alguns estados do país e já prometeu que vai pedir na Justiça a recontagem dos votos nesses locais.


Fonte Site (
Correio Brazillense )


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