Para os analistas da CNN Caio Junqueira, Thais Arbex e Raquel Landim, fala sobre "fora das quatro linhas" do presidente não assustou o Supremo
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de prender um blogueiro bolsonarista nesta sexta-feira (3) mostra que as ameaças do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não mudarão os trabalhos na corte, segundo os analistas da CNN Caio Junqueira, Thais Arbex e Raquel Landim.
Segundo Arbex, a decisão de Moraes é um claro sinal de que a fala do presidente nessa sexta sobre poder “jogar fora das quatro linhas da Constituição”, insinuando ações contra membros do Supremo, acabou não refletindo em pressão no STF.
A analista ainda ressalta que as atitudes do Planalto afetam inclusive na relação com o Legislativo. A indicação de André Mendonça ao Supremo está congelada no Senado pela avaliação de que o Congresso não pode dar aval a uma indicação enquanto Bolsonaro ataca a instituição.
Para Caio Junqueira, o presidente toma tal postura de conflito, mesmo com os danos políticos causados, para tentar mostrar força através da mobilização de seu eleitorado.
Segundo o comentarista, a questão do “fora das quatro linhas” é vista como apenas bravata política até mesmo por aliados. Bolsonaro não teria apoio nem das Forças Armadas para a tentativa de um golpe, na avaliação de Junqueira.
Reflexo na economia
Para Raquel Landim, as crises presidenciais também dificultam na agenda econômica. A analista lembra que as afrontas de Bolsonaro acabam criando pressão no mercado, pela expectativa de que elas afetem a aprovação das reformas no Congresso.
Somado a isso, ainda há a crise com a reforma do Imposto de Renda, criticada por setores do mercado e analistas.
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