Em encontro com líderes evangélicos, presidente confirmou presença em atos de apoio ao governo em 7 de setembro
Desde sexta-feira (27) em Goiânia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, na manhã deste sábado (28), do 1° Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos da
Conemad-GO (Convenção Estadual dos Ministros Evangélicos das Assembleias de Deus do Estado de Goiás). Em discurso, reiterou que no feriado de 7 de Setembro estará pela manhã na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e, à tarde, irá para São Paulo, em um encontro com apoiadores na avenida Paulista, região central da capital paulista.
O chefe do executivo federal defendeu que o direito a participar de manifestações seja respeitado.
"Temos um presidente que não deseja e nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossas vidas. Não podemos continuar convivendo com isso", afirmou. "É impressionante como alguns querem evitar esse movimento espontâneo do povo, desse povo que, movimentos outros, quando participou, sempre imperou a ordem, a disciplina, o respeito ao patrimônio, o respeito aos policiais presentes."
Sobre seu futuro, projetou três alternativas para. "Estar preso, ser morto ou a vitória. Pode ter certeza, a primeira alternativa, preso, não existe. Nenhum homem aqui na Terra vai me amedrontar. Tenho a consciência de que estou fazendo a coisa certa. Não devo nada a ninguém", disse.
Bolsonaro repetiu críticas costumeiras as restrições durante a pandemia que tiveram, segundo ele, forte impacto na economia. "Fome e miséria também matam". Tiraram o ganha pão de muita gente, proibiram homens e mulheres de frequentar igrejas."
O presidente acrescentou ainda que o "objetivo era quebrar o governo".
Em seu discurso, aproveitou para reiterar críticas aos seus opositores. "Querem me tirar daqui pelo poder, a abstinência do dinheiro fácil os torna perigosos", disparou.
Pressionado pelo cenário de inflação alta, crise sanitária e piora nas projeções econômicas de 2022, o presidente afirmou que o Brasil é uma das cinco nações que menos sofreram efeitos econômicos por causa da pandemia de covid-19, apesar de o país enfrentar problemas como a grave crise hídrica - a pior nos últimos 91 anos - e geadas nas lavouras.
Segundo ele, esse desempenho econômico deve-se ao trabalho de seu governo.
Bolsonaro também destacou o papel do Congresso Nacional e afirmou que Executivo e Legislativo "trabalham em harmonia".
"Sabemos do sofrimento que o povo está passando, porque como consequência daquela política do 'fique em casa', 'a economia a gente vê depois', chegou a conta para pagar", disse. "Enfrentamos uma das maiores crises hidrológicas da história do Brasil, tivemos uma geada. Problemas nós temos, mas o Brasil é um dos cinco países que menos sofreram no tocante da economia, graças ao trabalho do nosso governo."
Pressão
A declaração ocorre no momento em que, pressionada pelo aumento da conta de luz, a inflação em 12 meses chegou à marca de dois dígitos em quatro capitais do país na prévia de agosto. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados na quarta-feira (25) mostram que, na média nacional, o IPCA-15 foi de 9,30% em 12 meses até agosto, maior taxa desde maio de 2016.
Em fala após o culto, o presidente disse que se "o campo tivesse parado, as consequências seriam para o Brasil e para o mundo". Ele afirmou que a crise hídrica que o país enfrenta irá afetar a agricultura, além de prejudicar a geração de energia elétrica.
"Esses problemas afetam nossa economia. Mas nada se compara ao que aconteceu no ano passado. Os problemas realmente foram quase trágicos, não foram catastróficos se não fosse a atuação do governo federal, juntamente com a Câmara e o Senado", afirmou.
Segundo ele, as medidas adotadas pelo Executivo e Legislativo fizeram com que 2020 terminasse com "mais pessoas empregadas com carteira assinada do que terminamos 2019."
"Costumo dizer que não somos Três Poderes, somos dois. O Executivo e o Legislativo trabalham em harmonia, como vem trabalhando em harmonia", destacou.