Pressionado pelo avanço do desmatamento na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, durante participação em evento empresarial russo, que o Brasil "tem orgulho" de preservar a Amazônia.
O mandatário citou dados de preservação, um dos principais flancos de desgaste de seu governo na arena internacional.
"A agricultura brasileira atende aos mais altos requisitos sanitários e de sustentabilidade. Apenas 27% de nosso território é utilizado pelo agronegócio. Temos orgulho de conservar 84% de nosso bioma amazônico e 66% de nossa vegetação nativa", disse Bolsonaro, em pronunciamento gravado e retransmitido no fórum.
"Nos próximos anos, o Brasil deve consolidar-se como o maior produtor mundial de alimentos. Mesmo no contexto da pandemia que assola o planeta, continuamos a garantir a segurança alimentar de um sexto da população mundial", afirmou.
O evento foi liderado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin. Participaram por videconferência o emir do Qatar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, e o governante da Áustria, Sebastian Kurz.
Assim como Bolsonaro, o líder argentino, Alberto Fernández, fez um pronunciamento em vídeo gravado.
Bolsonaro centrou seu discurso nas relações do Brasil com a Rússia e com a Eurásia e disse que o país quer aprofundar relações comerciais com os países da região.
"É desejo do Brasil expandir e aprofundar as relações de amizade e cooperação com todos os países da região euroasiática, em particular com nosso anfitrião, a Rússia, parceira de longa data de meu país", discursou Bolsonaro.
O presidente brasileiro também tratou brevemente da pauta comercial com a Rússia, ao citar que ambas economias estão "inseridas de forma positiva na cadeia de valor do agronegócio".
"O Brasil é o maior destino das exportações de fertilizantes da Rússia, principal fornecedor de um insumo essencial para a agricultura brasileira. Queremos manter essa complementaridade, saudável para ambos os lados", disse.
Ele defendeu, no entanto, que essa pauta comercial incorpore também um grau maior de desenvolvimento, abrangendo produtos de maior valor agregado.
A pressão internacional sobre o Brasil no meio ambiente ocorre pelo avanço do desmatamento.
"É desejo do Brasil expandir e aprofundar as relações de amizade e cooperação com todos os países da região euroasiática, em particular com nosso anfitrião, a Rússia, parceira de longa data de meu país", discursou Bolsonaro.
O presidente brasileiro também tratou brevemente da pauta comercial com a Rússia, ao citar que ambas economias estão "inseridas de forma positiva na cadeia de valor do agronegócio".
"O Brasil é o maior destino das exportações de fertilizantes da Rússia, principal fornecedor de um insumo essencial para a agricultura brasileira. Queremos manter essa complementaridade, saudável para ambos os lados", disse.
Ele defendeu, no entanto, que essa pauta comercial incorpore também um grau maior de desenvolvimento, abrangendo produtos de maior valor agregado.
A pressão internacional sobre o Brasil no meio ambiente ocorre pelo avanço do desmatamento.
Em abril, pelo segundo mês seguido a Amazônia bateu o recorde recente de desmatamento, segundo dados do Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Foi também o pior abril da série histórica atual, que tem início em 2015 -os dados anteriores eram menos precisos.
Recentemente, também passaram a gerar desgaste na agenda internacional as investigações contra o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente).
A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura de um inquérito para investigar Salles. A decisão foi tomada em notícia-crime apresentada em abril à PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Salles por suposta atuação para atrapalhar a apuração da maior apreensão de madeira do Brasil, feita na Operação Handroanthus.
Salles já é alvo de um inquérito no Supremo, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Nesse caso, é investigada a suspeita de facilitação à exportação ilegal de madeira.