Brusque é derrotado pela Chapecoense na final do Campeonato Catarinense e fica com o vice

Quadricolor insistiu na bola aérea no primeiro tempo e foi anulado pela defesa adversária.

 

O Brusque foi derrotado no Augusto Bauer por 1 a 0 para a Chapecoense na tarde deste domingo, 13, no segundo jogo da final do Campeonato Catarinense, e perdeu a chance de conquistar o título estadual após 28 anos. Anselmo Ramon marcou o gol da Chape aos 24 minutos do segundo tempo. O Marreco teve interrompida uma série de 17 jogos de invencibilidade em casa.

Teve péssima repercussão o fato de as cadeiras do estádio Augusto Bauer estarem muito mais ocupadas do que o normal, com pessoas que não estavam trabalhando na partida e nem faziam parte do corpo diretivo das equipes.

 

Jogada manjada

 

O Brusque tinha uma jogada clara, previsível e ineficiente desde o começo do jogo: bola alçada na área, contra uma zaga formada por Joílson, de 1,89 m, e Luiz Otávio, de 1,95 m, que tiravam tudo com muita facilidade. Os cruzamentos eram revezados entre Fabinho e Edílson, principalmente. Os primeiros minutos foram de pressão total. A intensidade diminuía, mas o Brusque não parava de atacar

Com a zaga da Chapecoense fechada, o Brusque pouco tentava uma jogada rasteira na troca de passes. Os chutes eram travados pela zaga, sem espaço na área. Quando o quadricolor arriscava de fora, não tinha pontaria nem sorte. Finalizou quatro vezes no primeiro tempo, sem acertar o gol.

A Chapecoense, por sua vez, se fechava bem, mas se perdia na hora de encaixar os contra-ataques. Passes errados e competência da zaga brusquense impediam os visitantes de acabar com as esperanças.

 

Um muro verde

 

A Chapecoense foi quem teve a principal grande chance. Em cruzamento pelo lado direito de Anselmo Ramon, Paulinho Moccelin recebeu em cruzamento e mandou por cima, perdendo de forma incrível.

Aos 12 minutos, Anselmo Ramon recebeu em ótimas condições na grande área, se preparou para chutar e Rodolfo Potiguar bateu-lhe a carteira em lance providencial. Com o passar do tempo, o Brusque passou a oferecer cada vez menos perigo nos ataques. A Chapecoense não tinha capricho quando tinha os espaços no contra-ataque.

Zé Carlos salvou o Brusque aos 20 minutos. Matheus Ribeiro cobrou escanteio, Aylon desviou e o camisa 1 quadricolor cortou bem com a mão direita.

O quadricolor teve grande chance aos 23, quando Thiago Alagoano recebeu bola escorada de Rodolfo Potiguar dentro da área e bateu de primeira, para excelente defesa de João Ricardo.

 

Fim do sonho

 

A Chapecoense marcou com Anselmo Ramon o gol de seu sétimo título catarinense. Paulinho Moccelin recebeu bola da esquerda e rolou para o meio. Aylon furou, e a jogada ficou para o camisa 9, que, praticamente sem goleiro, empurrou pro gol, aos 24 do segundo tempo.

Após o gol, Jerson Testoni colocou a campo Ronan e Baianinho, que pouco fizeram no ataque. A Chapecoense, com as duas mãos na taça, se defendeu de forma segura, como sempre fez na final, e anulava o Brusque.

O Brusque quase marcou de um jeito inacreditável, aos 38. Em uma dividida na intermediária, a bola encobriu João Ricardo, que conseguiu se recuperar e fazer grande defesa. Foi um dos momentos nos quais o Marreco esteve mais próximo de um gol, em um lance de total acaso.

Além de perder o título, o Brusque teve interrompida uma série invicta de 17 jogos no Augusto Bauer. Foi a primeira derrota de Jerson Testoni nesta passagem como técnico no Gigantinho. O próximo jogo está programado para as 21h30 desta quarta-feira, 16, diante do Ceará, em casa.

A Chapecoense conquistou seu sétimo título estadual, em sua quinta final seguida.


Brusque 0x1 Chapecoense
Campeonato Catarinense
Final – volta

Domingo, 13 de setembro de 2020
Estádio Augusto Bauer

Brusque: Zé Carlos; Edílson (João Carlos), Ianson, Everton Alemão, Aírton; Zé Mateus, Rodolfo Potiguar (Emerson Martins); Fabinho (Dandan), Thiago Alagoano e Alex Sandro (Ronan); Johnny (Baianinho).
Técnico: Jerson Testoni

Chapecoense: João Ricardo; Ezequiel, Joílson, Luiz Otávio, Alan Ruschel; Willian, Anderson Leite (Foguinho); Matheus Ribeiro (Ronei), Denner (Aylon-int), Paulinho Moccelin (Vini Locatelli); Anselmo Ramon (Derlan).
Técnico: Umberto Louzer

Trio de arbitragem: Rodrigo D’Alonso Ferreira (Bombinhas), auxiliado por Johnny Barros de Oliveira (São José) e Eder Alexandre (Luis Alves).

Gol: Anselmo Ramon (24′-2ºt),

Cartões amarelos: Everton Alemão; Thiago Alagoano; Alan Ruschel, Paulinho Moccelin, Anderson Leite

Cartão vermelho: Gustavo Henrique (no banco)

 

Fonte: Site ( O Municipio )

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