A vereadora Marildes Ferreira (PSB) denunciou na Câmara Municipal o que classificou como sucateamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Durante seu discurso, a parlamentar destacou que das seis ambulâncias que compõem o serviço na cidade, apenas duas estão em funcionamento.
"Mesmo assim, essas ambulâncias estão em condições precárias, e os próprios motoristas têm receio de utilizá-las", afirmou. Marildes também mencionou que, na semana passada, comunicou o problema à secretária de Saúde, Ione Rodrigues, sem que houvesse mudanças nesse cenário.
A vereadora recordou que o Samu já foi referência nacional em termos de atendimento, principalmente no que se refere ao tempo-resposta, que é o intervalo entre o chamado e o atendimento da vítima. "Devido a essas condições, há casos em que o atendimento leva até meia hora", acrescentou.
Ela ressaltou ainda que, considerando a população de mais de 250 mil habitantes em Rondonópolis, o número reduzido de ambulâncias acarreta prejuízos à comunidade. "Além disso, as ocorrências não cessam; elas ocorrem a todo momento", enfatizou. Marildes considerou inaceitável que o Samu esteja nessas condições, especialmente considerando os recursos municipais, estaduais e federais destinados ao serviço.
A vereadora apresentou um requerimento durante a sessão da Câmara, solicitando explicações à coordenação do Samu e à secretária de Saúde sobre a empresa responsável pela manutenção das ambulâncias e questionando os atrasos na disponibilização dos veículos. "Espero por respostas; caso contrário, seremos obrigados a convocar a coordenadora", alertou.
Em outro pronunciamento na mesma sessão, Marildes cobrou o pagamento dos trabalhadores terceirizados assistidos pela DDMix, empresa contratada para suprir parte da demanda de terceirizados na saúde. "Isso é absolutamente inaceitável", concluiu.