A Polícia Civil concluiu o inquérito do homicídio de Wanderley Leandro Nascimento Costa, 36 anos, assessor do deputado Wilson Santos (PSD). Conforme a PJC, o crime foi cometido por Murilo Henrique Araújo, 18 anos, e o comparsa dele, Richard Aguiar por vingança, já que Wanderley tinha oferecido dinheiro para se relacionar com o familiar de um deles, menor de idade.
“A motivação do crime está relacionada a abuso sexual de adolescentes. Infelizmente a investigação acabou demonstrando que a vítima tinha um envolvimento com menores, oferecia dinheiro para manter relação sexual com menores e dois desses menores eram parentes familiares de um dos autores”, afirmou o delegado Hércules Batista, que conduziu as investigações.
A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) mostrou que Wanderley e Richard mantinham um relacionamento há anos. O casamento do assessor, inclusive, seria de fachada, já que os dois podiam se relacionar com outras pessoas livremente, conforme apontaram as investigações.
Dias antes do crime, Wanderley teria oferecido dinheiro para se relacionar com um irmão de Richard, de apenas 15 anos.
Conforme o delegado, Richard ficou bravo com isso e planejou o homicídio com Murilo. Com a morte de Wanderley, ele teria sua vingança e o comparsa poderia ficar com os bens do assessor, como celular, notebooks e televisão.
No dia do crime, os dois asfixiaram Wanderley usando uma toalha banhada a álcool e o mataram. Em seguida, o corpo foi ocultado em Cuiabá e os dois fugiram para o interior. Murilo foi pego em Nova Terra do Norte (675 km de Cuiabá) e Richard em Nova Mutum (264 km de Cuiabá).
O delegado ainda completou expôs que o assessor chegou a ter relações com outras crianças e adolescentes. “A casa dele era utilizada há algum tempo, era comum ter crianças e adolescentes que frequentavam aquele local para jogar videogame e ele aproveitava disso para ter uma aproximação sexual”, complementa.
O notebook de Wanderley foi apreendido pela Polícia Civil. Ele estava em posse de Murilo. O aparelho será periciado pelos agentes e o delegado não descarta que possam ser encontrados mais indícios dos abusos cometidos pelo assessor.
Agora, com o inquérito concluído, Murilo e Richard foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado por emprego de asfixia, ocultação de cadáver e por furto qualificado mediante concurso de pessoas.
O documento foi enviado ao Ministério Público de Mato Grosso.