O deputado federal Nelson Barbudo (PSL) saiu em defesa do novo posicionamento que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) adotou em carta de recuo.
Em pronunciamento feito pelas redes sociais, Barbudo garantiu que o presidente “não arregou” e é apenas um posicionamento estratégico.
A declaração ocorre porque após a publicação da carta, na quinta-feira (9), bolsonaristas se posicionaram desapontados com as declarações. "Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”, disse o presidente dois dias depois de declarar que não iria mais acatar decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Segundo Barbudo, ao publicar a carta Bolsonaro “distensionou a corda” entre os Poderes em Brasília.
“O Bolsonaro arregou? Não arregou. Calma, pessoal. Estamos lutando por uma causa e existem muitas fases para se chegar ao objetivo final. Bolsonaro fez o que pôde, distensionou a corda, que quase arrebentou”, afirmou o presidente.
“Nós demos um recado à esquerda que nós estamos unidos. O que nós fizemos foi uma demonstração de força. Agora, a quebra da democracia neste momento interessa só a esquerda, que iria culpar o Bolsonaro por um caos que o País iria se transformar”, completou.
Segundo o parlamentar, as manifestações pró-Bolsonaro que ocorreram no feriado da Independência do Brasil não foram em vão, e há um “pacto” sendo firmado entre Bolsonaro e políticos. Barbudo não detalhou sobre o “pacto”, e se limitou a dizer que “em breve” a população terá conhecimento.
“Vocês não sabem a importância que tiveram nesse movimento, a força que deram ao movimento. Não digam que foi tudo em vão; não foi. Temos que continuar apoiando para que um projeto inteiro, um plano de governo, seja continuado com o nosso presidente Bolsonaro à frente do Executivo. As coisas vão mudar, tem um pacto sendo feito”.
“Quando Bolsonaro aceitou conversar com [Michel] Temer, tem um pacto por trás. Nós não vamos nos entregar. Bolsonaro luta sozinho contra o sistema. Aquele que pode dar suporte a ele somos nós”, completou.
O parlamentar se refere ao ex-presidente Michel Temer (MDB), que redigiu a carta publicada por Bolsonaro, e intermediou uma ligação telefônica entre o presidente e o ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem o presidente chegou a chamar de canalha.