Ex-prefeita de Morro do Pilar, Vilma Maria Diniz Gonçalves, foi presa em Belo Horizonte — Foto: TSE/
Ex-prefeita de Morro do Pilar, Vilma Maria Diniz Gonçalves, foi presa em Belo Horizonte — Foto: TSE/
OPERAÇÃO TAQUARAÇU

Ex-prefeita de cidade mineira é presa após 2 anos foragida levando vida de luxo

Vilma Maria Diniz Gonçalves morava em prédio de Lourdes, em BH, e estava indo para uma clínica de estética quando foi presa


A ex-prefeita de Morro do Pilar, Vilma Maria Diniz Gonçalves foi presa nesta quinta-feira (27) enquanto seguia para uma clínica estética na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A prisão foi feita pela Polícia Civil, que informou que a ex-prefeita vinha morando em um prédio de alto luxo no bairro de Lourdes.

O delegado Thiago Machado, que coordenou a prisão, contou que a ex-prefeita estava com mandado de prisão em aberto desde 2019, quando a Justiça pediu sua prisão preventiva por ela estar interferindo na investigação de fraude licitatória aberta contra ela.

"Ela vinha inclusive tocando os negócios da família normalmente e tinha uma rotina praticamente estabelecida. Recentemente ela acreditou, equivocadamente, que seria alvo de um mandado de prisão e fugiu para o Espírito Santo, voltando duas semanas depois", relatou.

Depois de detida ela foi levada para o Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte.

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), entre 2014 e 2015, Vilma fraudou uma licitação da cidade regida por ela para beneficiar uma empresa registrada em nome de um laranja, enquanto ela era a  proprietária de fato do empreendimento, gerando um prejuízo estimado em R$ 193 mil aos cofres da cidade.

A ex-prefeita também seria responsável por orçamentos falsos produzidos para beneficiar empresas ligadas a ela, por meio de convênios com o governo de Minas.

Ela estava com prisão preventiva em aberto desde de maio de 2019. A Polícia Civil acredita que durante a maior parte do tempo ela se manteve no apartamento de luxo, mas em outras oportunidades se refugiou até mesmo em uma fazenda em Morro do Pilar. Ela é acusada de patrocínio privado em licitação pública, crime de responsabilidade, falsidade ideológica e falsificação de documentos.

O advogado de defesa da ex-prefeita, Hamilton Roque Miranda disse que vai entrar com o pedido de Habeas Corpus na Justiça para pedir a liberdade dela. "Vamos contesta a prisão no tribunal. A defesa entende que o Ministério Público não trouxe pro processo elementos contundentes de que ela tenha praticado os crimes. Também não é qualquer motivo que implique na prisão preventiva dela. Por isso nós vamos pleitear a pronta liberdade dela", explicou o advogado.

A reportagem entrou em contato com o Partido Trabalhista Cristão, sigla pela qual Vilma foi eleita para a prefeitura de Morro do Pilar, para que o partido se posicionasse sobre o ocorrido, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. 







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Redação GNMT