De acordo com o Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT), com dados atualizados até o dia 16 de janeiro, Rondonópolis lidera os casos de febre chikungunya em Mato Grosso em 2025. O município registrou 95 casos notificados, mas especialistas alertam que o número real pode ser ainda maior devido à subnotificação.
A troca de gestão e de equipes na Secretaria Municipal de Saúde prejudicou o lançamento de dados no sistema, comprometendo a precisão dos registros. Apesar disso, os 95 casos confirmados até o momento são um indicativo alarmante, mostrando que a tendência de crescimento dos casos observada em 2024 continua neste ano.
Pressão no sistema de saúde
A situação preocupa a Secretaria Municipal de Saúde, já que o aumento de pacientes impacta diretamente as unidades básicas de saúde e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Em apenas 16 dias de 2025, o cenário é uma verdadeira explosão de casos. Para contextualizar:
2023: 7 casos notificados;
2024: mais de 700 casos;
2025: 95 casos em apenas 16 dias.
A gravidade da situação é reforçada pela confirmação de uma morte por chikungunya em Jaciara, cidade vizinha a Rondonópolis.
Outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
O boletim também trouxe dados sobre outras doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti. Em Rondonópolis, foram registrados:
Dengue: 25 casos notificados;
Zika vírus: Nenhum caso notificado.
Assim como na chikungunya, há indicação de subnotificação também para dengue e zika vírus.
Situação no estado
Em todo o estado de Mato Grosso, entre 1º e 16 de janeiro de 2025, os números oficiais são os seguintes:
Dengue: 1.415 notificações;
Zika vírus: 3 notificações;
Chikungunya: 478 notificações.
Prevenção e combate
Diante do cenário preocupante, é fundamental que a população colabore com medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti. As principais ações incluem:
Manter quintais limpos;
Eliminar objetos que possam acumular água;
Manter caixas d'água bem tampadas;
Limpar regularmente pratos de plantas e bebedouros de animais.
A Secretaria Municipal de Saúde também reforça a importância da adesão às campanhas de combate ao mosquito, visando reduzir os casos e proteger a população contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.