Cinco crianças que estavam internadas na UTI Neonatal do Hospital Estadual Santa Casa, em Cuiabá, morreram após contaminação por uma superbactéria. Elas chegaram à unidade entre 16 e 21 de fevereiro vindas de outras unidades de saúde.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), as crianças já chegaram ao hospital infectadas pela superbactéria. A presença da infecção foi constatada após um exame protocolar da unidade.
A infecção não foi o motivo para a internação das crianças. Em nota, a SES disse que as equipes da Santa Casa usaram de todos os meios possíveis para conter as infecções, que já eram graves no momento em que as crianças chegaram ao hospital.
“As infecções deveriam ter sido identificadas e tratadas antes, quando os pacientes ainda eram assistidos por outras unidades de saúde. A ação rápida, nestes casos, pode evitar o agravamento do caso e um surto pela bactéria”, diz trecho da nota.
Foram notificadas as equipes de Vigilância do Estado e da Capital, do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que também auxiliaram no processo de contenção da infecção.
Os leitos que eram ocupados pelas crianças foram bloqueados, desinfetados e já estão ativos novamente. Além disso, toda a medicação usada para o tratamento dessa infecção foi disponibilizada pelo Hospital Estadual Santa Casa.
Veja a nota da Secretaria Estadual de Saúde na íntegra:
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Sobre as questões que envolvem o atendimento da UTI Neonatal do Hospital Estadual Santa Casa, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) esclarece:
1- Os cinco pacientes internados entre os dias 16 e 21 de fevereiro e direcionados de outras unidades de saúde, que não são geridas pelo estado, já chegaram ao Hospital Estadual infectados por uma bactéria multiresistente.
2- Para receber os pacientes, o Hospital Estadual realizou exame protocolar de cultura de vigilância para determinação do tipo de leito, isolamento de contato e proteção. O exame identificou a existência da infecção.
3- A infecção não foi o motivo da internação. A infecção pela bactéria multiresistente só foi identificada no momento em que os pacientes deram entrada no Hospital Estadual.
4- As infecções deveriam ter sido identificadas e tratadas antes, quando os pacientes ainda eram assistidos por outras unidades de saúde. A ação rápida, nestes casos, pode evitar o agravamento do caso e um surto pela bactéria.
5- As equipes especializadas do Hospital Estadual Santa Casa envidaram todos os esforços para conter as infecções, que já eram consideradas graves no momento da internação dos pacientes na unidade.
6- As equipes da Vigilância do Estado e do Município, do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foram notificadas e também auxiliaram no processo contenção da infecção.
7- Todos os medicamentos necessários para o tratamento da infecção foram disponibilizados pelo Hospital Estadual.
8- Os leitos ocupados pelos pacientes infectados foram bloqueados, desinfectados e já estão em pleno funcionamento.