O governador Mauro Mendes (DEM) defendeu que haja uma decisão técnica em relação a vacinação contra Covid-19 em crianças.
Na semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a vacinação do imunizante Pfizer em crianças acima dos 5 anos, baseada na experiência que já ocorre em outros países. A medida, entretanto, foi criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em conversa com a imprensa, nesta semana, Mendes afirmou que o tema não pode ser politizado.
“Essa é uma decisão técnica. O tema vacina não pode ser politizado. Não é uma decisão do governador e não deveria ser uma decisão do presidente ou de prefeito. Tem que ser uma decisão das autoridades sanitárias, de quem é técnico, de quem vive dia a dia disso”, afirmou.
O tema vacina não pode ser politizado. Não é uma decisão do governador e não deveria ser uma decisão do presidente
"A decisão tem que ser tomada pensando na população, sem ficar colocando qualquer tipo de opinião política em primeiro plano”, emendou.
Após as críticas do presidente, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga adiou a decisão de vacinar crianças para janeiro do ano que vem. Compete ao Ministério da Saúde a compra das vacinas pediátricas e a inclusão no Programa Nacional de Imunização (PNI).
Neste fim de semana, o presidente chegou a afirmar que – a depender dele – a vacinação em crianças só deverá ocorrer com autorização dos pais e mediante apresentação de "receita médica”.
“Se depender de mim, é o pai que decide [se a criança deve receber a vacina]. Vai pedir receita médica também. Não é o governador ou prefeito quem vai decidir isso”, disse.