O câncer mais comum na população masculina brasileira é o câncer de próstata. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), representa 29% dos casos entre os homens brasileiros. No entanto, mesmo com números avançados, ainda há resistência e preconceito para fazer os exames que identificam a doença.
O representante comercial Wagner Rodrigues faz questão de lembrar que o preconceito quase lhe tirou a vida. Ele, aos 52 anos, descobriu um câncer de próstata ainda em fase inicial quando fez o exame.
Morador da cidade de Rondonópolis (MT), a 210 quilômetros de Cuiabá, confessa que não se sentia à vontade para fazer o exame de toque retal e ainda zombava de quem já havia feito este tipo de teste “brincava com coisa séria, até que um dia senti a necessidade de fazer o exame e vi que não era motivo para piada”, disse.
Com o diagnóstico realizado com o tumor ainda na fase inicial, ele conseguiu ser tratado e curado. “Se não tivesse feito o exame não saberia como estaria nos dias de hoje”, completou.
O médico Alexandre Gomes, diretor de oncologia do Sistema Hapvida, classifica o exame como fundamental na prevenção à doença. “É um exame que salva vidas”, explicou.
O profissional reforça que é preciso derrubar tabus em relação a esse tipo de teste clínico. “Muita gente pensa que vai ficar menos masculino ou coisa do tipo. A gente tem que entender que o exame mais importante para identificar o câncer de próstata é o toque retal”, completou.
O médico também adiantou que é muito importante identificar o câncer na fase inicial, até mesmo para evitar complicações futuras.
Ele recomenda que homens acima dos 50 anos procurem seu urologista para fazer o exame. Já os homens negros com histórico familiar devem procurar fazer os exames a partir dos 45 anos ou de acordo com a recomendação médica.