Diante da redução contínua nos índices de internações e de mortes em virtude da Covid-19 em todo o país, muitos já vislumbram o momento em que o uso de máscaras deixe de fazer parte do cotidiano da população. Mesmo diante de um cenário aparentemente positivo, os deputados Valdir Barranco (PT) e Lúdio Cabral (PT) se posicionaram contrários, ambos, alegaram que o assunto ainda requer cautela.
O parlamentar que ficou internado por cerca de três meses e que ainda se recupera das sequelas geradas pelo coronavírus se disse traumatizado com a doença e argumenta que conforme a comunidade científica, é necessário que para a retirada da obrigatoriedade da máscara é preciso aguardar o desenrolar da imunização.
“Eu sou traumatizado, né? Passei por uma Covid muito difícil, eu ainda tô em tratamento ainda e me preservo muito. (…) Eu acho que a máscara no Brasil ainda vai demorar um pouco. Nós não atingimos no Mato Grosso, por exemplo, 50% de totalmente vacinados e o uso da máscara ele deve ser obrigatório até atingir 75%. A comunidade científica tem deixado isso muito claro.“, disse Barranco.
O colega de partido e de parlamento, o médico sanitarista Lúdio Cabral foi mais além, relembrando que as datas festivas, época em que há maiores aglomerações, estão chegando e que aposentar o uso da máscara neste período é arriscado, uma vez que essa decisão pode impactar no aumento de contaminações.
“Eu acredito que nós vamos entrar em um período agora, que é delicado, que é o final de ano, natal e ano novo, janeiro, férias, carnaval, depois de quase dois anos de pandemia a população do país todo vai se esforçar para encontrar familiares para viajar. Então nesse período o uso de máscaras precisa ser mantido para ajudar a conter a transmissão do vírus“, destacou o deputado.
Assim como Barranco, Cabral defende que para que haja a liberação do uso de máscaras é preciso que a vacinação avance, para tonar a perspectiva mais estável. Ainda de acordo com o médico, abolir o uso da máscara pode levar tempo.
“Até lá o processo de vacinação continua sendo ampliado para alcançar a cobertura de 80, de 85% e aí sim talvez março nós pensamos em aposentar em espaços públicos as máscaras“, opina o parlamentar.