Reginaldo se junta a Marildes por ação no MPE contra descaso no Regional

Vereadores denunciam pacientes com urgência de cirurgia recebendo alta sem procedimento. Reginaldo diz que Pátio virou "governador do Sudeste de MT"


O vereador Reginaldo Santos (SD) e a presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Rondonópolis, Marildes Ferreira (PSB), estão ingressando com uma ação, nos próximos dias, no Ministério Público Estadual - MPE cobrando solução imediata, por parte do Governo do Estado, para o que classificam como "absurdos" no setor de ortopedia do Hospital Regional da maior cidade do interior do estado.  


Segundo Reginaldo, tanto ele quanto a vereadora possuem inúmeros casos concretos de pacientes que aguardam, fraturados e com dores, mais de 10 dias por vaga no Regional e muitos recebem alta sem realizar cirurgias, sendo inseridos numa fila de procedimentos eletivos.


"O que está ocorrendo no hospital que é referência em ortopedia em Mato Grosso é completamente inexplicável. Existem vídeos de pessoas acidentadas, nas condições físicas mais deploráveis que se possa imaginar, que recebem alta sem fazer a cirurgia. É desumano o que assistimos", denuncia o parlamentar.  


Na provocação que farão ao MPE, os vereadores vão argumentar tecnicamente a demanda existente e o quadro emergencial que se apresenta para a ampliação dos atendimentos, não só em estrutura física como profissional. "Existe uma empresa terceirizada na administração, mas estamos falando de um setor essencial que é a saúde. O senhor governador não pode permitir que cirurgias de emergência virem cirurgias eletivas e que pessoas tenham, muitas vezes, o resto da vida comprometido por um descompromisso desse tamanho por parte do Poder Público", criticou.  


Marildes pontuou que não são incomuns os casos em que, em virtude da demora, os ossos estilhaçados acabem por colar, de maneira totalmente defeituosa, fazendo com que tenham de ser novamente quebrados para o ato cirúrgico, unicamente pela demora. "O Hospital Regional é porta aberta para urgência e emergência de acidentes, mas toda essa demora tem criado inúmeras pessoas que acabam adquirindo uma deficiência que poderia ter sido evitada", ilustra.  


Reginaldo lembra que o grupo de pessoas que padecem são, sobretudo, de classe média baixa, trabalhadores que se acidentam no próprio local de serviço ou a caminho dele e que, em virtude da demora da solução, acabam ficando impossibilitados de contribuir com a renda familiar. "Os problemas secundários, de ordem social e econômica dentro dessas famílias, são enormes. O prefeito Zé Carlos do Pátio (SD) tem se portado como um verdadeiro governador da região sudeste de Mato Grosso, acolhendo estes casos. Na maior parte das vezes, são pessoas que estavam em suas motos indo ou voltando do trabalho e a sua impossibilidade de seguir levando renda pra casa, após o acidente, é algo terrível, isso sem contar a condição degradante que passa a viver. Nós já apelamos ao senhor governador e não fomos ouvidos, esperamos que o MPE seja essa ponte para que algo seja feito", finalizou Santos.


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Redação GNMT