Áureo Candido Costa
Áureo Candido Costa

Há 60 anos, Aureo Costa iniciava loteamento da Vila Aurora

Um dos primeiros bairros da cidade, a Vila Aurora se tornou um dos marcos do desenvolvimento de Rondonópolis, sendo considerado hoje o bairro residencial aberto mais nobre e valorizado em âmbito municipal. A localidade começou a se desenvolver, sobretudo, a partir de 1963, quando o empresário Aureo Cândido Costa passou a ser um dos responsáveis pelo loteamento.

Aureo Costa chegou em Rondonópolis em julho de 1963, a partir do convite do primo William Morais para destravar o loteamento da Vila Aurora. Ele veio na condição de sócio da empresa responsável pelo loteamento, no caso a Companhia Imobiliária Aurora Ltda, que foi fundada em 1952, o mesmo ano de registro oficial do bairro.

Conforme o empresário, a Vila Aurora foi registrada inicialmente pelo pioneiro Augusto Morais no Cartório de Registro de Imóveis de Poxoréu, pois na época Rondonópolis ainda não era uma Comarca autônoma. Somente após Rondonópolis se tornar Comarca, em 1959, que o registro imobiliário do loteamento foi transferido para Rondonópolis.

A Companhia Imobiliária Aurora Ltda era dona da Vila Aurora, de todos os bairros à margem esquerda do Ribeirão Arareau e da Fazenda Poroxo, com 3.336 hectares. Com a morte do pioneiro Augusto Morais, em 1958, o filho William Morais assumiu a administração a empresa e, em 1963, efetivou a sociedade com Aureo Costa.

Com sua chegada, Aureo providenciou o cadastro de todos os imóveis e começou a ampliar a abertura das ruas do bairro. A Vila Aurora, que se resumia a praticamente uma quadra e estava estagnada, finalmente passou a engrenar a venda dos lotes. A comercialização do bairro foi dividida em três etapas, sendo a mais tradicional a região entre o Cemitério e o Rio Vermelho.

Uma das estratégias usadas por Aureo para fomentar o crescimento da Vila Aurora foi promover doações de terrenos e áreas para órgãos públicas, instituições e entidades sociais, visando atrair moradores, investidores e especialmente a dotação da infraestrutura necessária, como asfalto, rede de água e esgoto e iluminação pública.

Entre as doações, destacam-se áreas para a Cohab Rio Vermelho, a Cemat, Eletronorte, Sucam, Colégio 13 de Junho, Lions Clube Rondonópolis, Rotary Leste, Prefeitura, Cemitério, Receita Federal, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Comunidade São Cristóvão, entre tantas outras. Em alguns casos, vendeu áreas a baixo custo para a construção dos bairros Coopharondon e Coophalis.

Apesar dos acertos, o empresário diz que não esperava que a cidade crescesse tanto e, assim, acabou por doar grandes áreas, como para Eletronorte e Cemitério, em regiões que hoje ficaram muito centralizadas e valorizadas. “Deveria ter reservado áreas em locais mais distantes”, entende hoje.

Ao longo dos 60 anos do ingresso do empresário nas vendas do loteamento, o bairro não parou de crescer. Se tornou endereço de casas de alto padrão, foi o primeiro bairro da cidade a se verticalizar após o Centro e, atualmente, vive uma nova onda de desenvolvimento, com muitos prédios de grande porte em construção ou em lançamento.

“A luta sempre foi essa, para que a Vila Aurora se desenvolvesse o quanto mais rápido possível, mas na verdade seu desenvolvimento surpreendeu. Foi uma surpresa para todos, seja para as pessoas que aqui moravam ou para nós empresários, pois foi um desenvolvimento estrondoso!”, avaliou Aureo.

Além da proximidade com grandes empreendimentos, a Vila Aurora consolidou importantes vias comerciais da cidade, como as ruas Dom Pedro II, Rio Branco e Fernando Correa da Costa e avenidas João Goulart e Lions Internacional, com comércio variado, restaurantes, lanchonetes, hotéis, prestadores de serviços, além de clínicas médicas conceituadas no meio do bairro.

Tudo isso, próximo aos principais atrativos de Rondonópolis, fez da Vila Aurora a primeira marca de sucesso imobiliário de Aureo Cândido Costa na cidade. “É uma história muito bonita”, atesta o empresário, com a sensação de dever cumprido com a consolidação de um dos bairros mais cobiçados e estruturados de Rondonópolis.

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Redação GNMT