Percival desconversa sobre candidatura ao Governo de MT: "especulação"

O ex-prefeito de Rondonópolis, ex-deputado estadual e ex-deputado federal constituinte, Percival Muniz (MDB), disse, em conversa exclusiva, neste sábado (9), que sua possível candidatura ao Governo de Maro Grosso é uma “especulação”.


O posicionamento de Muniz, contudo, considerado um dos personagens mais estratégicos da história recente da política de Mato Grosso, não sinaliza um cenário ou possibilidade fechada. O veterano tem como conduta não “entregar seus planos antes da hora”.


Foi assim, sem alarde, que Percival ressurgiu e acabou vencendo as eleições de 2012 para prefeito de Rondonópolis. Natural candidato à reeleição, Muniz não confirmava o projeto para 2016 e deixou para cravar sua nova entrada nas urnas apenas nos minutos finais de convenção.


Desta vez última vez, entretanto, Percival não conseguiu sobrepor aos votos cativos de Zé do Pátio (PSB), que acabou retornando à Prefeitura de Rondonópolis depois que os registros contrários nas urnas à si acabaram se dividindo entre Muniz e Rogério Salles (PSDB), candidato então apoiado diretamente pelo também ex-prefeito, Adilton Sachetti (REPUBLICANOS).


Nos últimos anos, Percival tem adotado o silêncio e permanecido cuidando de sua notável produção agropecuária em sua fazenda, no Xingú, região norte do estado, uma verdadeira “paixão” na vida do político.


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O retorno recente de Percival ao seu antigo amor, o MDB, sigla em que começou sua trajetória como vereador, em Rondonópolis, no ano de 1982, trouxe indagações sobre suas reais intenções. Para muitos, o principal alvo de Muniz seria o retorno à Prefeitura da maior cidade do interior, em 2024.


Se esse, de fato, for o plano, seria importante ao político uma candidatura em 2022, para recuperar a evidência e musculatura eleitoral, até mesmo lara subir degraus em sua legenda, chegando “grande” nas urnas, daqui dois anos. A filiação de Percival ter sido dentro do prazo final para candidatura, neste ano, porém, deixa claro que, por mais que fuja do assunto, Muniz estuda sim atentamente o cenário de curto prazo, provavelmente em companhia do seu inseparável cigarro.


Tudo deve passar, antes de qualquer sim ou não final de Percival, pelo crivo e pelos fechamentos do Cacique partidário, Carlos Bezerra (MDB), que ainda não descartou apoiar a reeleição de Mauro Mendes (UB). Atualmente, porém, o dirigente da sigla tem como trunfo na mesa de negociação a certeza de ter um nome “disponível”, relevante e com capacidade de agregar ao debate estadual.


Para Mendes, a entrada de Percival é perigosa, já que Muniz conhece bem os defeitos da gestão pelo interior, tem ótima capacidade oratória e coragem de sobra para agregar sérias denúncias ao contexto que é muito menos brilhante do que pintam os aliados do atual governador.


Sobre eventuais reflexos da política nacional no pleito mato-grossense de 2022, Percival é um defensor público do retorno de Lula (PT) à Presidência da República, enquanto Mendes não quer nem saber de se juntar ao petista, apostando que estar ao lado de Jair Bolsonaro (PL) e sua grande leva de apoiadores no estado possa surtir mais efeito positivo.


Na prática, Mendes ainda tem um longo caminho a percorrer, já que foi vaiado por bolsonaristas, durante vinda recente de Bolsonaro ao estado. Sua aliança com governadores petistas e com João Doria (PSDB) pra responsabilizar o Governo Federal pelas más notícias da pandemia até hoje é assunto que irrita os apoiadores do presidente.]


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Redação GNMT