De olho 2022

Cinco de MT são favoráveis ao voto impresso; 2 contra

Juarez Costa é o único que ainda não se posicionou


Maior parte da bancada federal de Mato Grosso se posiciona favorável à polêmica Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, que será colocada em votação nesta terça-feira (9) na Câmara de Deputados.


A impressão do voto, já julgada inconstitucional pelo STF, vem sendo defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) e pela maioria de seus apoiadores em todo Brasil. Um dos pontos mais polêmicos do texto cita que “a apuração dos votos dar-se-à exclusivamente de forma manual, por meio da contagem de cada um dos registros impressos de voto, em contagem pública nas seções eleitorais, com a presença de eleitores e fiscais de partido”. 


O  destacou os posicionamentos e conversou com os alguns deputados federais do Estado para repercutir a opinião deles sobre o tema e para saber como eles pretendem votar em relação a PEC. Veja abaixo:


Valtenir Pereira


O deputado federal Valtenir Pereira, que substitui Carlos Bezerra (MDB) temporariamente por conta de uma licença, se manifesta contrário à PEC. Membro da Comissão Especial que rejeitou o texto na semana passada, o emedebista defende que a urna eletrônica é segura.


O parlamentar disputou as eleições pela primeira vez em 2004, quando foi eleito vereador pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Depois disso, Valtenir já concorreu outras 5 vezes, como candidato a deputado federal e prefeito.


"Em 2018 houve uma denúncia de fraudes as urnas no Paraná, a Polícia Federal tomou todas as precauções de investigação, partidos políticos acompanharam e ao final verificou que não houve nenhuma violação. Isso demonstra que o processo eleitoral é seguro e por isso o Movimento Democrático Brasileiro vota contra", destacou.


Dr. Leonardo (Solidariedade)


Líder da bancada, o deputado federal Dr. Leonardo (Solidariedade) se posiciona favorável ao voto auditável. O parlamentar que, já disputou eleições 3 vezes, acredita que o sistema será o futuro do Brasil e sustenta que outros países também já possuem diferentes formas de auditar os votos.


O médico, contudo, não deve participar da votação por estar de licença devido a uma fratura no fêmur."Defendo o voto auditável porque esse é o futuro, porque o povo brasileiro quer e porque não tenho medo de voto. Pode ser eletrônico, impresso ou holográfico", destacou.


Emanuelzinho (PTB)


Eleito pela primeira vez em 2018, com atual sistema eleitoral, o deputado federal Emanuelzinho (MDB) diz ser favorável ao voto impresso. Enquanto embarcava para Brasília, o parlamentar disse de forma sucinta que "não vê problema em mais transparência".


José Medeiros 


Vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, o deputado José Medeiros (Podemos) tem sido um dos mais ferrenhos defensores da proposta. No começo do mês, o parlamentar, inclusive, mobilizou uma motociata para de fender o tema em Rondonópolis.


Medeiros já disputou as eleições 5 vezes. Em 2018, só conseguiu ser eleito por conta do Quociente Eleitoral, sistema de cálculo que possibilita o candidato sair vitorioso por meio da distribuição das sobras de votos do partido. "Todo sistema eletrônico no mundo já foi invadida, mas será que apenas a urna eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral não? Para apequenar o debate, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, vem tentando desqualificar o movimento em defesa do voto impresso auditável. No entanto, o voto impresso já é defendido por boa parte da população brasileira, que só deseja eleições limpas", expressa.


Nelson Barbudo 


Deputado federal mais votado por Mato Grosso em 2018, Nelson Barbudo (PSL) segue fiel à linha Bolsonarista com a defesa do voto auditável. O parlamentar diz que não entende o posicionamento contrário de parte da população sobre o tema e se baseia na tese de que não "faltam relatos da fragilidade da segurança das urnas de primeira geração".


"Quem teme a transparência? Estamos buscando mais clareza no processo eleitoral e não consigo entender a oposição de muitos sobre esse tema", pontua.


Neri Geller 


Favorável ao voto auditável, o deputado federal Neri Gellier (PP) já concorreu as eleições 3 vezes. A primeira disputa foi em 2016, quando a urna eletrônica já era utilizada há 20 anos. O parlamentar diz que o assunto não é nenhuma novidade e já declarou à imprensa que já chegou a utilizar o formato de votação com a impressão de papel nas décadas passadas.


“Eu já venho me posicionando em relação a isso a um bom tempo e sou favor. É preciso que se estabeleça a vontade popular. As urnas são de confiança, mas se existe essa possibilidade e não tem muito custo para implantá-la, por que não usar? Isso não é nenhuma novidade”, pontuou.


Rosa Neide 


Contrária à proposta e membro da bancada de oposição ao governo Bolsonaro, a deputada federal Rosa Neide (PT) diz que não enxerga motivos para a implantação do voto impresso. A parlamentar defende que o sistema é seguro e acredita que a discussão seja uma estratégia do presidente para esconder os problemas da gestão.


“Eu me posicionamento contrário. Os próprios técnicos do TSE afirmam que não têm nenhuma prova irregularidade no atual sistema. Eu espero que as pessoas tenham consenso para votar contra essa proposta. Eu vejo isso como uma cortina de fumaça que o presidente está tentando criar para esconder outros problemas do governo, como a fome por exemplo”, destacou.






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Redação GNMT