Posse

Cattani cita pais e Bolsonaro, chora e diz que diferenças com PSL estão resolvidas

Ao tomar posse no cargo de deputado estadual nesta quinta (18), Gilberto Cattani (PSL) citou a família, chorou, lembrou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e disse que as diferenças com a sigla, da qual havia se desfiliado, estão resolvidas. Ele assume a cadeira que era de Silvio Fávero, falecido no último final de semana por consequências da Covid-19.


Cattani abriu o discurso lembrando de Fávero. De terno, com chapéu e uma máscara facial com o rosto do presidente Jair Bolsonaro, afirmou que nutria esperanças de assumir o cargo, apesar de não ter mais proximidade com ele, mas reiterou que o parlamentar falecido fará falta.


“É difícil, e da maneira como aconteceu se torna mais difícil ainda. A falta de uma vida, de um pai de família, um esposo como era o Sílvio, deixa a família, o que sempre é uma dificuldade até para se falar, então não era dessa maneira que a gente queria. Mas deus conhece todas as Coisas, sabe todos os caminhos”, discursou.


O deputado falou da situação da pandemia da Covid-19 e lembrou que a necessidade de distanciamento social impediu inclusive que os familiares dele pudessem acompanhar a cerimônia de posse. “As restrições impostas impediram que a gente pudesse ter até a minha família aqui, e é uma coisa que eu sinto, até porque a minha mãe e meu pai estariam honrados neste momento, mas tudo isso se dá numa situação como essa”.


Assessoria

Nominalmente, agradeceu ao presidente da Assembleia, Max Russi (PSB), ao 1º secretário, Eduardo Botelho (DEM), e aos colegas Eliseu Nascimento (PSL) e Faissal Calil (PV). "Estamos aqui para o bem de Mato Grosso", afirmou se dirigindo a eles. Cattani lembrou os 11,6 mil votos, e apontou que deve representar "aqueles que pensam aquilo que eu penso".


Paz com o PSL


Cattani chegou a se desfiar do PSL, partido no qual entrou por causa do presidente Jair Bolsonaro, e concorreu na campanha suplementar ao Senado em 2020 filiado ao PRTB, que tem como maior expoente o vice-presidente Hamilton Mourão.


“Gostaria de agradecer ao meu partido, o PSL. Sem hipocrisia, sempre tivemos diferenças no passado, mas como se diz, no passado, tudo foi superado e nós retornamos ao partido. Agradeço imensamente ao Aécio (Rodrigues, presidente do partido), que nos ajudou muito na questão partidária, conversamos muito, sempre, desde que chegou ao partido para ajustar o partido no Estado. O Partido se tornou um partido muito melhor com a sua chegada. Agradeço ao Eliseu como deputado do partido o convite de retornar ao partido depois das eleições passadas”, lembrou


Segundo Cattani, agora ele está “alinhado ao partido”. Agradeceu inclusive ao presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, e ao vice-presidente da sigla, Antonio Rueda. “E dizer que faremos com que esse partido seja de fato um partido que preze pelos valores que nós militamos. Que também eram os valores defendidos pelos correligionários do partido”.


Família e choro


Cattani tem base eleitoral no Norte do Estado, em especial em Lucas do Rio Verde. No discurso, o deputado empossado lembrou a trajetória dos pais, que vieram do Sul do país na década de 1970 como milhares de outros pequenos produtores rurais.


"Minha mãe e meu pai chegaram em 1977 em Sinop. Meu pai trabalhava com trator de esteira, as ruas de Lucas do Rio Verde, que hoje são uma maravilha, foram abertas pelo meu pai, em cima do trator de esteira, quando ainda era um assentamento do Incra. A minha mãe já fez concreto para fazer tubo, lá em Santa Carmen, ela fazia concreto para fazer tubo e poço lá em Sinop”, narrou.


O deputado elencou dificuldades passadas pela família, como foi o caso de outros migrantes e disse que "esse povo diferente está representado hoje na Assembleia". E ao falar da esposa chorou:


"Geralmente ela tira o leito e eu faço o queijo. Hoje ela está lá fazendo tudo para nós podermos sustentar a nossa família. Mas nós vamos vender nosso queijo como se fossemos vendedores de CD pirata. Não existe uma legislação que possa ajudar o pequeno produtor. E nós estamos aqui para isso, para trabalhar pelos mato-grossenses pelo que eu passo e passei. O Gilberto parlamentar, como pessoa, não mudará uma vírgula em idoneidade, honestidade e em caráter, disso os senhores podem estar seguros", defendeu.


O parlamentar ainda falou de Bolsonaro como "esperança" e "exemplo" na política e disse que deve defender em sua atuação a agricultura familiar, a regularização fundiária como “a verdadeira reforma agrária”.


“Geralmente, ela tira o leite e eu faço o queijo. Hoje ela está lá fazendo tudo para nós podermos sustentar a nossa família. Mas nós vamos vender nosso queijo como se fossemos vendedores de CD pirata. Não existe uma legislação que possa ajudar o pequeno produtor”Gilberto Cattani


















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Redação GNMT