TRAGÉDIA NO ARAGUAIA

Duplo homicídio e suicídio de vereador chocam Ribeirão Cascalheira neste sábado

Por volta das 14 horas de sábado (26/10), o vereador José Soares de Sousa, conhecido como Zé Fadiga, de 45 anos, da cidade de Ribeirão Cascalheira-MT (379 km de Barra do Garças), matou a ex-esposa, que possuía medida protetiva contra ele, e o ex-cunhado, que era servidor público e motorista de ambulância. O duplo homicídio ocorreu no distrito de Novo Paraíso. Imediatamente, a Polícia Militar se mobilizou na região para prender o vereador, que fugiu em um veículo Corsa prata.

Em seguida, as diligências da PM localizaram o automóvel, e o parlamentar tirou a própria vida. A ocorrência está sendo registrada pela PM, que acompanha o trabalho da Politec no distrito onde o duplo homicídio aconteceu.

Zé Fadiga era natural de Barra do Garças-MT e foi o 5º mais votado em Ribeirão Cascalheira, com 177 votos, no mês de outubro. No entanto, seu partido não atingiu o coeficiente eleitoral e não elegeu nenhum candidato.

No mês de junho, o Ministério Público de Mato Grosso formalizou uma denúncia contra Zé Fadiga, com acusações de agressão, ameaça e cárcere privado contra a esposa. O processo, registrado sob o número 1000748-52.2024.8.11.0079, está em análise pela Vara Única de Ribeirão Cascalheira.

O vereador havia sido liberado após pagar uma fiança de R$ 2.500 durante audiência de custódia realizada no sábado, 22 de junho. Souza foi preso devido às denúncias feitas pela esposa, que procurou a Delegacia de Ribeirão Cascalheira relatando que estava sendo agredida e mantida em cárcere privado por ele. Segundo a vítima, o vereador a proibia de sair de casa sozinha e de usar meios de comunicação.

Na denúncia, o Ministério Público solicita prioridade no processamento e julgamento do caso, conforme a Lei Maria da Penha. Além disso, pede a fixação de um valor mínimo para reparação dos danos à vítima, incluindo danos morais, e requer que a vítima seja informada sobre todos os atos processuais, como a entrada e saída do acusado da prisão, datas das audiências e a sentença final.

A promotoria também optou por não oferecer o Acordo de Não Persecução Penal ou a suspensão condicional do processo, conforme as restrições legais. Foi solicitado, ainda, que a Câmara de Vereadores de Ribeirão Cascalheira seja notificada sobre a denúncia, para que considere a instauração de um procedimento administrativo que pode levar à cassação do cargo de vereador, caso seja constatada conduta incompatível com a função.

A denúncia foi assinada pela promotora de Justiça substituta, Bruna Caroline de Almeida Affornalli, e está disponível para consulta pública no portal do Processo Judicial Eletrônico (PJe).

"Com imensa tristeza e consternação, expressamos nossas mais sinceras condolências aos familiares e amigos das vítimas deste trágico acontecimento. Que Deus possa trazer conforto aos corações enlutados, amparando-os e fortalecendo-os para enfrentar esta profunda tristeza."






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Redação GNMT