No último domingo (15), o assassinato da diretora do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Terezinha Silva de Souza, de 53 anos, completou dois anos sem uma resposta efetiva sobre quem matou e o motivo do crime. A família da vítima não tem dúvidas: trata-se de um crime político.
Terezinha era membro do núcleo político duro do prefeito Zé do Pátio (PSB) e já comandava o setor, um dos que mais recebe recursos e executa obras na cidade, desde a primeira passagem do gestor pelo comando da maior cidade do interior.
Sem criticar diretamente a figura do prefeito, que em raras oportunidades cobrou publicamente a elucidação do caso da aliada de primeira hora, a família de Terezinha segue revoltada pela falta de explicações sobre a tragédia e pede justiça 730 dias após o ocorrido.
Terezinha foi morta a tiros, dentro do veículo oficial do Sanear, na região central da cidade, enquanto seguia para o trabalho, no dia 15 de janeiro de 2021, uma manhã de sexta-feira.
Dois motoqueiros em uma motocicleta vermelha e trajando jaquetas e capacetes escuros se aproximaram da caminhonete onde estava a vítima e dispararam. Segundo investição policial apontou, tratavam-se de pistoleiros profissionais, o que aponta para o crime de execução.
No curso das investigações, e até mesmo prisões de suspeitos (que posteriormente acabaram inocentados), as apurações ainda não chegaram a uma conclusão sobre quem efetuou os disparos e o eventual mandante da execução.
A sobrinha Iolanda, comenta que a angustia da família de Terezinha torna-se ainda maior no lamento diário de sua ausência, uma vez que os culpados ainda não estão respondendo pelo crime.
“Temos esperança de que as autoridades vão resolver o caso e de que o culpado será punido, mas é angustiante esta espera. Assim como em muitos casos de mulheres mortas pelos posicionamentos políticos pelo país a fora, aqui em Rondonópolis mataram a Terezinha. Um crime político”, cravou.
