Em menos de uma semana o Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis Terezinha Silva de Souza (Sanear) registrou três ocorrências que paralisaram poços artesianos estratégicos para a rede de abastecimento de água no município. Os problemas foram causados por falhas e oscilações no fornecimento de energia elétrica, o que levou a autarquia a notificar a concessionária visando prevenir novos problemas.
O primeiro episódio ocorreu no fim de semana, quando a bomba que atende o Poço 33 queimou após variações no fluxo de energia elétrica. Este poço está localizado no Jardim Reis e tem capacidade para produzir cerca de 41 milhões de litros de água por mês. Por causa de sua paralisação, muitos moradores chegaram a ficar sem água no domingo.
“A nossa equipe atuou prontamente para buscar soluções paliativas, como o redirecionamento da rede e o aumento da produção em outros poços. A solução definitiva veio na segunda-feira quando trocamos a bomba danificada e reativamos plenamente o poço”, disse o diretor de Manutenção do Sanear, Andelson Gil do Amaral.
Na tarde de segunda-feira (25) um problema semelhante causou a queima da bomba do Poço 16, localizado na Vila Mariana. Apesar de ser um pouco menor, ele também é estratégico para o abastecimento da região. Esta bomba também já foi substituída.
O caso mais recente ocorreu na manhã desta terça-feira (26), quando uma falha na rede de alta tensão paralisou o funcionamento do Poço 70, localizado no bairro Santa Marta. A concessionária de energia foi acionada, mas não havia solucionado o problema até o fim da tarde.
O presidente do Sanear, Paulo José Correia, disse que além dos prejuízos financeiros a situação causa sérios transtornos à população. “Quando um poço para precisamos de um tempo para reativar os equipamentos e restabelecer os níveis dos reservatórios. Isso afeta diretamente o abastecimento de água”, explicou.
A estabilidade no fornecimento de energia elétrica também é fundamental para o funcionamento de outras estruturas do Sanear, como as elevatórias de água e esgoto. As oscilações constantes podem reduzir o tempo de vida dos aparelhos e comprometer a eficiência das operações.
Em reunião realizada com a equipe dos departamentos técnico e jurídico, Paulo José determinou a adoção de medidas preventivas no âmbito operacional e também a notificação da concessionária, além da análise de outras ações cabíveis.
“A energia elétrica é hoje uma das principais despesas do Sanear. Dependemos muito deste fornecimento, que precisa ser constante e estável. Estamos cobrando da empresa e contamos com o apoio de todos”, ressaltou o presidente do Sanear, Paulo José Correia.
O Sanear também deverá notificar a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT) e a Agência Nacional de Energia Elétrica, cobrando a apuração das ocorrências em Rondonópolis e ações para evitar a repetição dos problemas no município.