O evento que aconteceu em Cuiabá - Mato Grosso, neste sábado (24), reuniu vários representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Federação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdoB), além dos representantes da militância e movimentos sociais e populares.
O encontro que foi coordenado por Henrique Lopes, presidente da Central Única dos Trabalhadores, CUT/MT, reuniu entre outras personalidades, o deputado estadual por Mato Grosso, Valdir Barranco - Presidente Estadual do PT, deputado estadual Ludio Cabral (PT), Sônia Braga, Secretária Nacional de Organização do PT, vereador Júnior Mendonça (PT), presidente da Câmara de Rondonópolis, Rosa Neide (PT), ex-deputada federal por Mato Grosso, diretora-executiva da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a deputada federal, Gleisi Hoffmann, presidente do PT Nacional, além do deputado federal por Mato Grosso, Emanuelzinho (MDB), vice-líder do governo na Câmara Federal.
O momento serviu para definir a estratégia do Partido dos Trabalhadores, incentivar candidaturas femininas e abrir o diálogo com a base e aliados da Federação Brasil da Esperança (PT, PV, PCdoB) sobre a melhor tática para as Eleições de 2024.
Todos foram enfáticos em suas falas ao reconhecer a importância dos Movimentos Sociais e Populares, tanto no resultado das urnas, que deu a vitória ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas Eleições de 2022, como no atual momento, em que o Brasil precisa retomar seu desenvolvimento rumo à civilidade, perdida nos últimos quatro anos do governo anterior.
“Nosso partido sempre esteve presente nas lutas e bandeiras com o PT. Desde 1989 que nós estamos caminhando juntos para um Brasil melhor. Agora com a vitória do Lula, precisamos, nas Eleições de 2024, resultados para fortalecer o governo”, Cesar Delgado- PCdoB.
O deputado estadual Ludio Cabral lamentou o fato de que Mato Grosso, por ser um estado tão importante, com mais de 3 milhões de habitantes, três Biomas; Pantanal, Cerrado e Amazônia - detentor de grande riqueza em recursos hídricos e uma biodiversidade imensurável, tenha mais de 600 mil pessoas passando fome todos os dias.
“Vivemos num Estado governado pelo poder econômico, Estado do latifúndio, da monocultura, da destruição dos Biomas, desmatamento e do agrotóxico em nossas terras e rios. Precisamos mudar a história de Mato Grosso e do nosso País, que não é muito diferente, com rendas e riquezas na mãos de poucos fazendo com que a população trabalhadora sofra. Lula foi eleito e nos deu a oportunidade de retomar a construção do destino do nosso povo. Vamos construir juntos”, disse Ludio Cabral.
A professora Rosa Neide chamou a atenção pelo fato de que nas últimas eleições foi eleito o presidente Lula, mas o atual governo não tem um Congresso de sustentação à sua gestão. Ela chama a atenção para o fortalecimento diante das Eleições de 2024 e enaltece mais uma vez, a importância da gestão popular em todos os quadrantes do país que fará a diferença que o Governo Federal precisa para seu fortalecimento.
Também ganhou força na fala do deputado Barranco, a importância de candidatos próprios do PT e da Federação para as eleições de 2024.
“Vamos discutir com nossa Federação - PC do B, PV e também com o MDB do nosso deputado Emanuelzinho que está sempre ao nosso lado, apoiando o Governo Lula na Câmara Federal”, Barranco.
O parlamentar estadual também destacou alguns avanços no Governo Lula; a ampliação do Programa Social Bolsa Família, a recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário -MDA, o Programa de Aquisição de Alimentos -PPA, comandado pela ex-deputada federal Rosa Neide, a merenda escolar, corrigida depois de mais de 10 anos, a valorização dos povos indígenas que ganharam um Ministério exclusivo e os mais de 2 milhões de moradias que devem ser construídas pelo atual governo dentro da retomada do programa Minha Casa /Minha Vida- MCMV.
Programas sociais que devem ser politizados a partir desses encontros como forma de conscientização da população diante dos avanços de um governo mais plural, democrático e comprometido com projetos progressistas para o desenvolvimento do país.
Dentro do projeto das Eleições municipais de 2024, o vereador Júnior Mendonça, que representou todos os vereadores do PT/MT no evento, se referiu como uma batalha a ser travada. Chamou a atenção para a importância de levar o debate para a sociedade.
“Precisamos sair daqui (Plenária), com o coração cheio de vontade para levar para a ponta o nosso anseio. Abrir o debate na sociedade, sair daqui com o compromisso de discutirmos os nossos projetos, assim vamos fortalecer a nossa base e daí teremos condições de elegemos representantes nas Câmaras de vereadores e nas prefeituras de todo o Brasil, para começarmos a reconstruir nossa base forte”, enfatizou Júnior Mendonça.
Voltando à Cuiabá depois de seis anos, a presidente do PT Nacional, Gleisi Hoffmann, disse que o partido trabalha para ter a definição de candidaturas em todos os pontos do país, principalmente nas capitais e nas grandes cidades e não descartou a possibilidade de fazer alianças com demais aliados da Federação e da frente ampla que participou da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Gleisi disse que o partido e a Federação tem dois grandes desafios pela frente; um deles é apoiar o governo Lula, dar sustentação ao governo e ajudar a construir o projeto progressista e popular para o Brasil.
A deputada reconheceu um erro cometido no passado, que segundo ela não pode se repetir no atual governo; se distanciar das bases e dos Movimentos Sociais e Populares.
“O fortalecimento dos movimentos sociais e populares é que seguraram a barra na campanha, e são fundamentais no processo de luta do partido. Ganhamos a eleição, agora começa o jogo para disputar um projeto que está em construção; recuperar as perdas nos programas sociais. Não podemos titubear, o momento é de fortalecimento, pois o presidente Lula reposicionou o Brasil no mundo e recuperou quase todos os programas e projetos sociais, agora precisamos trabalhar para fortalecer o nosso governo”, finalizou a presidente Nacional do PT.
O outro desafio, segundo Gleisi, é na área econômica. Ela cobrou a mudança da taxa de juros, mantida pela sétima vez seguida em 13,75% pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e declarou abertamente que deve trabalhar pela saída dele do BC. Mesmo porque, segundo ela, ele aplica a política contra o Brasil, e além do mais, trata-se de uma indicação do ex-presidente Bolsonaro e Paulo Guedes, logo após a aprovação da lei de independência do BC.