O “acordo” selado, recentemente, pelo advogado, Aécio Rodrigues (PSL), e pelos deputados estaduais, Elizeu Nascimento (PSL) e Gilberto Cattani (PSL), além do federal, Nelson Barbudo (PSL), com o grupo político situacionista de Mato Grosso, foi muito mais do que uma mera aproximação política.
Os quatro entregaram de bandeja, de porteira fechada e estenderam o tapete vermelho para que os ex-senadores, Cidinho Santos e Blairo Maggi (PSL), entrassem e tomassem conta de cada centímetro do partido, em Mato Grosso.
O Tribunal Regional Eleitoral – TRE/MT já validou e o próprio Cidinho Santos, em contato exclusivo com a reportagem do MINUTO MT, confirmou sua posição de novo comandante da sigla no estado. Segundo Santos, porém, a princípio, “isso não significa candidatura nem a senador e nem a vice”.
O empresário ressaltou, porém, que “se lá na frente precisar de um nome estará à disposição”. Todavia ressaltou que dentro do grupo situacionista “tem nome sobrando…”
Cidinho, uma espécie de “doublê” político de Maggi, em Mato Grosso, e que recém filiou-se ao partido, já se tornou, oficialmente, o novo presidente estadual do PSL. A posse tão rápida surpreendeu até mesmo os analistas mais ansiosos, que imaginavam pelo menos uma “quarentena” de disfarce.
Aécio, ex-presidente estadual, caiu para a condição de mero tesoureiro e Elizeu fica na condição de vice de Cidinho. Sendo assim, os “pseudobolsonaristas” do PSL de Mato Grosso depositam, integralmente, o controle maior do partido no colo do governador, Mauro Mendes (DEM), e de seu projeto de reeleição.
A partir dessa configuração, o precioso tempo de TV do PSL, agregado pela numerosa bancada federal eleita pelo partido, em 2018 – majoritariamente reflexo da relevância eleitoral de Jair Bolsonaro – reforçará, até de maneira irônica, a campanha eleitoral de Mendes, alguém que rotineiramente critica as ações pessoais e de gestão do atual mandatário nacional.
Publicamente, como não poderia ser diferente, Cidinho afirma que Blairo não tem qualquer relação com sua articulação e ida ao PSL. A verdade, todavia, é que o grupo dos Maggi conseguiu agir bem nos bastidores e dar ainda mais força a Mendes, mas sobretudo a si.
As indicações das candidaturas para vice e também para o Senado Federal, devem passar pelo crivo dos de Blairo e seus discípulos, o que é uma péssima notícia para Pivetta e até para o MDB.
Ainda com mandato dentro do PSL, os deputados estaduais, Claudinei Lopes e Ulysses Moraes, foram figuras isoladas a não mostrarem simpatia pelos movimentos recentes da sigla no estado.