Nicolle Victoria Silva de Lima, de 14 anos — Foto: Reprodução/Redes sociais
Nicolle Victoria Silva de Lima, de 14 anos — Foto: Reprodução/Redes sociais

Adolescente assassinada em residencial de Porto Velho havia sido torturada meses antes, diz polícia

Uma adolescente de 14 anos foi morta a tiros no último sábado (28) no residencial Morar Melhor, na Zona Sul de Porto Velho (RO). Nicolle Victoria Silva de Lima foi executada após passar por um “tribunal do crime” liderado por uma facção criminosa que domina a região.


De acordo com a Polícia Militar (PM), Nicolle já havia sido vítima de tortura em abril deste ano, quando foi agredida e teve o cabelo raspado por dez homens no mesmo residencial onde acabou morta. Nos meses seguintes, a adolescente tentou se esconder, vivendo em diferentes locais, incluindo um abrigo e outro município. Contudo, há alguns meses, ela retornou a Porto Velho e ingressou em uma facção criminosa.


A dinâmica do crime


Dois dias antes de sua execução, Nicolle foi localizada pela polícia em um dos apartamentos do residencial junto a um homem de 47 anos. Durante a abordagem, foi encontrada uma arma de fogo no local, e o homem foi preso por porte ilegal de arma. Nicolle, entretanto, foi liberada e retornou ao residencial, onde permaneceu até ser assassinada.


No dia do crime, a PM foi acionada para atender a ocorrência, mas, ao chegar, Nicolle já estava sem vida. Segundo as investigações preliminares, a jovem foi submetida ao tribunal do crime antes de ser morta.


Investigação em andamento


O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra a Vida (DERCCV) de Porto Velho. Até o momento, as motivações e a autoria do crime permanecem sem esclarecimentos oficiais. A polícia apura se o histórico de tortura e a relação da adolescente com a facção criminosa podem ter ligação direta com sua execução.


A morte de Nicolle expõe mais uma vez a gravidade da influência de facções criminosas na região, além da vulnerabilidade de adolescentes aliciados por essas organizações.

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Redação GNMT