O Rabobank Brasil e a gigante de produção de grãos e fibras Scheffer fecharam um “green deal” no valor de US$ 16 milhões. O empréstimo está vinculado ao “sucesso da companhia em dobrar sua área produtiva que utiliza tecnologias da agricultura regenerativa, método sustentável que propõe cultivar o solo com redução do uso de químicos, recuperando e mantendo o ecossistema local”, afirma o banco em comunicado.
Primeira empresa do agronegócio brasileiro a receber o selo do programa Regenagri, a Scheffer projeta dobrar a área monitorada por este certificado da organização global Control Union, que atesta a melhoria contínua na implementação e acompanhamento de boas práticas de agricultura regenerativa. Se a meta for atingida, o tamanho passaria de 4.055 hectares para 8.100 hectares até o fim de 2023.
De acordo com a instituição financeira especializada em agronegócio, a operação e as metas acordados estão “alinhados com a missão do Rabobank em expandir a adoção de práticas sustentáveis nos setores agrícolas e financeiros, incentivando e auxiliando produtores e agentes a fazerem as melhorias necessárias”.
“Esta tecnologia adotada pela Scheffer é um exemplo de inovação importante no aprimoramento da sustentabilidade para agricultura de larga escala”, diz Fabiana Alves, Diretora Exectutiva de Corporate Clients do Rabobank Brasil.
Diretor da empresa, Guilherme Scheffer afirma que, “com a utilização de recursos tecnológicos e com olhar cuidadoso com o solo e a natureza, temos como meta dentro do nosso plano estratégico, reduzir cada vez mais o uso de produtos químicos, ampliando o emprego de produtos biológicos contra pragas e doenças das lavouras. Na safra 2019/2020, por exemplo, a aplicação de químicos nas lavouras de soja diminuiu 53% e nas áreas de algodão, 34% - sem alterar os índices médios de produtividade. E muitas das técnicas agrícolas consideradas regenerativas já são aplicadas pela Scheffer em todas as unidades produtivas há décadas, como é o caso do plantio direto, a rotação de culturas”.